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22 de setembro de 2022

Assuntos Militares entrevistou o Capt. Meger Chappell, que comandou os navios da U. S. Navy que participaram da UNITAS LXIII


Por Ricardo Pereira

AM - O que significa, para a U. S. Navy, tomar parte na UNITAS?

Capt. Meger Chappell  - Estamos orgulhosos e honrados de participar da UNITAS. Nossos marinheiros e fuzileiros estão orgulhosos de treinar e trabalhar lado a lado com os homens e mulheres das nações parceiras. O objetivo principal é aumentar a interoperabilidade e a colaboração entre as Marinhas participantes. A UNITAS permite que as forças organizem e conduzam operações marítimas combinadas numa Força-Tarefa multinacional e testem suas respostas através de um cenário de exercício, de forma a desenvolver e expandir o relacionamento entre os participantes. Esse exercício é uma oportunidade incrível para todas as nações participantes se juntarem como marinheiros na superfície do mar, sob a superfície, no ar e nas áreas litorâneas, para operar e crescer como uma equipe, a fim de fortalecer nossas parcerias e destacar nossa postura marítima coletiva.


AM - As primeiras edições da UNITAS se concentravam em guerra antissubmarino, mas isso tem mudado à medida que o tempo passa. Na edição atual, que outras missões foram treinadas?

Capt. Meger Chappell  - A UNITAS, que é a palavra em latim para “unidade”, foi concebida em 1959 e realizada pela primeira vez em 1960. Esse ano marca a 63ª edição do exercício marítimo anual que existe há mais tempo em todo o mundo. A UNITAS mudou e se adaptou ao longo dos anos para atender aos objetivos de cada nação participante. O objetivo principal, como dito acima, é expandir a interoperabilidade e a colaboração entre as Marinhas participantes. O objetivo secundário é desenvolver o relacionamento entre os participantes. Um dos focos da UNITAS LXIII é a cooperação e integração das forças das Marinhas multinacionais com fuzileiros navais e infantaria naval. O domínio marítimo inclui a área litorânea, que incorpora o oceano e a área terrestre contígua, que pode receber suporte e ser defendida diretamente do mar. Após as cerimônias de abertura, em 8 de setembro, as forças navais conduziram operações combinadas e conjuntas como uma Força-Tarefa multinacional, executando um cenário motivado por eventos para treinar em diversos tipos de guerra. Navios e marinheiros da força multinacional treinaram no mar para operação marítima e os fuzileiros vieram à terra para realizar treinamento anfíbio em um campo de tiro terrestre antes de se juntarem em apoio a um desembarque anfíbio multinacional.


AM - Que tipos de ameaças foram consideradas durante o exercício?

Capt. Meger Chappell  - Ao longo dos seus mais de 60 anos de existência, a UNITAS vem provendo treinamento relevante contra ameaças correntes, encontradas no ambiente marítimo. Através de diferentes cenários, a UNITAS fornece oportunidades ímpares de treinamento para a força multinacional, tanto no mar como em terra, in condições desafiadoras e incertas. A UNITAS LXIII dá suporte aos requisitos de treinamento de todas as nações participantes, e fornece treinamento efetivo para expandir a proficiência na guerra, e aumenta a interoperabilidade. Os objetivos de treinamento de cada uma das nações participantes foram incorporados no cenário do exercício durante várias reuniões de planejamento antes da operação. Enquanto o objetivo maior é desenvolver e testar o comando e controle de forças no mar, o treinamento nesse exercício cobriu todo o espectro de operações marítimas. Especificamente, houve cenários tratando de guerra eletrônica, guerra antiaérea e defesa aérea, guerra de superfície, tiro real, interdição marítima, operações litorâneas e operações anfíbias. Esse não, o submarino de ataque USS Albany (SS 753), da classe “Los Angeles”, participou da UNITAS e deu à força multinacional uma grande oportunidade de treinar contra um submarino moderno.


AM - A presença do USS
Mesa Verde indica que a UNITAS também tratou de projeção de força. Como esse treinamento foi conduzido?

Capt. Meger Chappell  - Quanto a isso, o exercício consistiu de duas fases: no mar e anfíbia. A maior parte do treinamento anfíbio teve lutar em áreas ao longo da costa, onde fuzileiros e infantaria naval treinaram em suporte a operações navais mais amplas. A fase anfíbia consistiu de um desembarque a partir dos navios. O evento culminante aconteceu em Itaoca, onde uma força combinada conduziu um desembarque anfíbio, colocando mais de 200 fuzileiros de várias nacionalidades em terra.


AM - Considerando o alto grau de sofisticação dos três navios americanos quando comparados com os outros navios que tomaram parte na UNITAS, o Sr. acha que a participação da U. S. Navy foi  vantajosa em termos de “lições aprendidas”?

Capt. Meger Chappell  - Certamente, um dos maiores benefícios da UNITAS é o intercâmbio de ideias e táticas. O exercício é uma oportunidade incrível para todas as nações participantes. A UNITAS foi focada em reforçar nossas parcerias regionais existentes e encorajar o estabelecimento de novos relacionamentos através da troca de conhecimentos e expertises marítimos. As lições aprendidas são guardadas e incorporadas em nossas melhores práticas de treinamento, o que em última análise melhora nossa capacidade e prontidão combinadas.


AM - Há algo que o Sr. queira dizer que não tenha sido perguntado?

Capt. Meger Chappell  - Agradeço pela oportunidade de falar sobre a UNITAS. Esse ano marca a 63ª edição, e esperamos ter muitas outras oportunidades para construir relacionamentos e melhorar a capacidade de todas as forças participantes.


As funções operacionais do Capt. Chappell consistiram em comissões no USS Arthur W. Radford (DD968), USS Carr (FFG 52), USS Elord (FFG 55), Destroyer Squadron 28 e USS Roosevelt (DDG 80), onde serviu como imediato de junho de 2014 a novembro de 2015, e como comandante de março de 2016 a agosto de 2017. Em terra, serviu no Afloat Training Group Norfolk.

Também serviu como Surface Warfare Officer First Tour Department Head Detailer no PERS 41. Serviu depois no Navy Manpower Analysis Center como Afloat Programs Department Head.

Sua mais recente função foi como Deputy Commodore no Littoral Combat Ship Squadron 2.


Agradecimento especial a todas do Consulado-Geral dos EUA no Rio de Janeiro









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