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19 de janeiro de 2023

BOPE – 45 anos protegendo o Rio de Janeiro

Hoje, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro completa 45 anos. Força policial essencial para a segurança da população do Rio de Janeiro, os policiais do BOPE são treinados especialmente para o combate em diversas situações adversas e para o resgate de reféns.

Confira tudo sobre o BOPE-RJ, o Batalhão de Operações Especiais mais “casca-grossa” do mundo, em constante combate e vitória. O lema ilustra a determinação dos operadores especiais: Vá e Vença! CAVEIRA!

A ORIGEM


O BOPE foi criado no final da década de 1960, no contexto do regime militar e da crescente ação de guerrilhas revolucionárias contrárias ao governo legal da época. O sequestro do embaixador norte-americano e os ataques a unidades militares e órgãos públicos, entre outros fatos, deram origem à necessidade de um grupamento especializado em contraterrorismo.


Em julho de 1969, por iniciativa do Exército Brasileiro, formou-se a primeira turma da unidade precursora do Batalhão de Operações Especiais, à época chamado Grupo de Operações Especiais. O curso de formação foi uma adaptação do curso de formação dos Comandos aplicado à realidade do confronto urbano policial.

Trágicos episódios de gestão de crises foram catalisadores da evolução tática que resultou na criação do BOPE, como o incidente trágico no Presídio Evaristo de Moraes e o sequestro do Ônibus 174, em 2000, no qual a refém infelizmente foi vitimada em uma ação policial frustrada.

Por outro lado, atualmente, o BOPE-RJ é uma referência internacional em combate urbano e, em recentes operações, demonstrou o preparo impecável na gestão de crises e assertividade tática. A tragédia de 2000 não se repetiu 19 anos depois, na ponte Rio-Niterói: após mais de 3h de negociação, o agressor foi neutralizado por um franco-atirador do BOPE RJ. O disparo o incapacitou imediatamente, e a operação foi um sucesso.

Quando os operadores do BOPE são acionados, o procedimento é simples: missão dada é missão cumprida. Os operadores táticos do BOPE RJ vivem uma realidade de combate assimétrico. Isso é demonstrado segundo dados da Polícia Civil do estado: em 2020, constatou-se a existência de 1,4 mil favelas, das quais 81% estão dominadas pelo tráfico de drogas. A criminalidade violenta conta com um efetivo superior ao total da PMERJ, com 56,6 mil criminosos contrapostos a 44 mil policiais militares.

Mas os números são irrisórios para os “caveiras”. A frequência (maior do mundo) de combates urbanos, o treinamento tático avançado e constante, a coragem e perseverança fazem surgir do caos, guerreiros únicos, realmente prontos para tudo.

COMO SE TORNAR UM “CAVEIRA”

Para estar apto a se voluntariar para os cursos de formação e ingresso no BOPE-RJ, o indivíduo deve pertencer ao quadro efetivo de Policiais Militares do Rio de Janeiro. Portanto, a primeira batalha é o ingresso na PMERJ, por meio de Concurso Público. Em 2021, um decreto do executivo estadual autorizou uma nova seleção, para o preenchimento de 2.127 vagas, com os candidatos devendo ter idade entre 18 e 32 anos no, ato da inscrição.

Uma vez em exercício, seja soldado ou oficial, é necessário que cumprir dois anos de efetivo serviço, com comportamento militar definido como bom e conduta impecável, digna de um futuro guerreiro do BOPE.

CURSO DE FORMAÇÃO DO BOPE-RJ

Atualmente, o Batalhão de Operações Especiais contempla dois tipos de cursos de formação: o COEsp (Curso de Operações Especiais) e o CAT (Curso de Ações Táticas). Os dois são extremamente rigorosos em sua seleção, e ambos habilitam o operador a ingressar nas fileiras da unidade. O CAT surgiu em 2016, poiso aumento do número de ocorrências não convencionais exigiu um esforço do BOPE RJ em otimizar tempo sem perder qualidade de preparação, criando o CAT, um curso mais sucinto (5 a 6 semanas), para soldados e cabos. Por outro lado, o COEsp apresenta maior duração (6 meses) e sua carga horária mais elevada leva consigo maior aprofundamento técnico e teórico na preparação dos operadores especiais.

Entre outras habilidades, esses combatentes têm instrução de combate corpo a corpo, instrução tática individual, operações em altura, socorro em urgência e táticas especiais, entre outras. Todos são habilitados física, mental e psicologicamente de forma intensiva. Um requisito indispensável para os “caveiras” é o espírito de guerreiro, concretizado nos 11 mandamentos das operações especiais, que sustentam o espírito de corpo e o sucesso nas missões.

TREINAMENTO DE UM “CAVEIRA”

Treinamento duro, combate fácil. Esse ditado está gravado nas instalações do BOPE do Rio de Janeiro, e resume bem a rotina de um guerreiro do Batalhão. Quando não estão empenhadas em operações, os “caveiras” realizam rigorosos treinamentos físicos e táticos, como: progressão em áreas conflagradas; defesa pessoal; musculação; e tiro tático. O adestramento para a tomada de decisão também é exercitado, dada sua natureza crítica nas operações especiais, que exigem decisões rápidas, assertivas e inteligentes.

O batalhão é equipado com todos os itens necessários para os exercícios físicos, com academia de musculação completa, além de infraestrutura para treinamentos táticos avançados, com armamento, munição e pistas de tiro adequadas.

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