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29 de fevereiro de 2024

VÍDEO e IMAGENS: Após 59 anos, Força Aérea Brasileira realiza voo final de seus C-130 Hercules

Após 59 anos de atividade, chegou a hora das aeronaves que levaram a Força Aérea Brasileira (FAB) para todo mundo se aposentarem. Os Hercules, saíram de atividade nesta quinta-feira (29/02), em solenidade realizada na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ). Os aviões pertenciam ao Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT), Esquadrão Gordo, o último esquadrão a operar o Hercules na FAB.


Estiveram presentes à solenidade Tenente-Brigadeiro Ar Almeida - Cmte EMAER, Tenente-Brigadeiro Ar Ary - Cmte SEFA, Major Brigadeiro Ar Rodrigo  - Cmte do III COMAR, Major Brigadeiro Ar Magarão  - Cmte  - DIRAP, Major Brigadeiro Ar Max Cmte da UNIFA, Major Brigadeiro Ar Madureira  - Vice Diretor COMGAP, 
Cmte da BAGL Cel Av Fabio Silva, Cmte do 1°/1° GT Ten Cel Av Umile, e contou com a presença de diversas autoridades militares e civis.


O Lockheed C-130 Hercules é um avião militar quadrimotor, turboélice, de asa alta, cuja função principal é a de transporte aéreo, com grande utilização em forças armadas de todo o mundo. Capaz de pousar ou decolar em pistas pequenas ou improvisadas, foi concebido para o transporte de tropas e cargas.


Atualmente desempenham uma larga gama de papéis, incluindo lançamento de paraquedistas, reconhecimento meteorológico, reabastecimento aéreo, combate a incêndios e evacuação aeromédica.


Existem mais de quarenta variantes do Hercules em utilização em mais de cinquenta nações. Passadas quase seis décadas de serviço no Brasil, a família C-130 estabeleceu um sólido recorde de confiabilidade e durabilidade, participando em missões militares, civis e de ajuda humanitária.

É do Hercules o recorde de mais longo ciclo de produção de aviões militares. O primeiro protótipo, o YC-130, voou a 23 de agosto de 1954, decolando nas instalações da Lockheed, em Burbank, na Califórnia. A aeronave, com número de série 53-3397, foi pilotada por Stanley Beltz e Roy Wimmer. Uma vez montado o segundo protótipo, a produção foi trasladada para Marietta, Geórgia, onde foram construídas mais de duas mil aeronaves.


A Força Aérea Brasileira recebeu seus primeiros três C-130E em 1964; oOutras cinco aeronaves se juntaram a frota até 1968. Estas aeronaves foram distribuídas ao 1º/1º Grupo de Transporte. Em 1969, foram recebidos três SC-130 para busca e salvamento (SAR) para equipar o 1º/6º Grupo de Aviação, tendo sido realocadas, a partir de 1988, para o 1º/1º Grupo de Transporte.

Em 1975 e 1976, foram recebidos três C-130H e dois KC-130H (versão de reabastecimento em voo). Essas aeronaves foram entregues ao 2º/1º Grupo de Transporte de Tropa, e posteriormente foram transferidas para o 1º/1º Grupo de Transporte.

Em 1987 foram adquiridos outros três C-130H. Finalmente, em 2001, foram compradas 10 aeronaves C-130H da Itália. Estas últimas passaram por um amplo processo de modernização, recebendo cockpit digital e um sistema de autodefesa com chaff e flares. Isto permitia o emprego operacional destas aeronaves inclusive em zonas de combate, bem próximo a linha de frente ou mesmo com ameaça aérea inimiga.

Em sua história, a FAB operou 29 aeronaves C-130, que realizaram tarefas de transporte de carga, transporte de tropas, apoio ao programa antártico brasileiro, lançamento de paraquedistas, reabastecimento em voo, combate a incêndio e busca e salvamento.

Na FAB, o substituto do C-130 é o Embraer KC-390 Millennium, mais rápido, mais moderno, e com maior capacidade de carga.

Ricardo Pereira – Jornalista e Fotógrafo
Colaborador Alexandre Alves – Repórter Fotográfico

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