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Aviões CF-18 Hornet canadenses não bombardearão mais postos do EI |
O Canadá vai encerrar, até 22 de fevereiro, sua participação nos
bombardeios aéreos contra postos da milícia jihadista "Estado
Islâmico" (EI) na Síria em no Iraque. Com esse anúncio, o primeiro
ministro Justin Trudeau cumpre uma de suas promessas eleitorais centrais.
A mobilização militar canadense para o Oriente Médio é um tópico
controverso na política interna do país, que aderiu à luta contra o EI em
outubro de 2014, um mês após os Estados Unidos iniciarem sua investida aérea
contra o grupo terrorista.
Como Trudeau declarou à imprensa neste domingo (08/02), seis aviões de
combate CF-18-Hornet serão retirados nas próximas duas semanas. Ainda
permanecerão na região de conflito duas aeronaves de reconhecimento e um
avião-tanque. Além disso, o apoio logístico será ampliado após o fim da
operação de combate.
Para esse fim, o pessoal militar canadense em território sírio e
iraquiano será elevado de 650 para 830 soldados. Desse contingente, 200 homens
se dedicarão ao treinamento de combatentes da milícia curda peshmerga, no norte
do Iraque. Assim as forças canadenses passam a desempenhar funções semelhantes
às dos militares alemães na região.
Auxílio em vez de vingança
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Premiê liberal Justin Trudeau (c.): "Vítimas do EI não precisam da nossa vingança, mas da nossa ajuda" |
Em sua decisão, Trudeau conta com o apoio do presidente americano,
Barack Obama. "As pessoas que são diariamente aterrorizadas pelo EI não
precisam da nossa vingança: elas precisam da nossa assistência", enfatizou
o político de 44 anos durante a coletiva de imprensa em Ottawa.
O Canadá pretende, ainda, contribuir para a ajuda humanitária e ao
desenvolvimento com o equivalente a mais de 1 bilhão de euros, nos próximos
três anos. A verba deverá beneficiar também a Jordânia e o Líbano, seriamente
afetados pela crise regional.
Justin Trudeau ocupa o cargo desde novembro último. Com o encerramento
das ofensivas aéreas, o chefe de governo liberal revoga uma decisão do governo
conservador anterior. Após dez anos de atuação militar no Afeganistão, muitos
cidadãos do Canadá são contra a mobilização de suas Forças Armadas no exterior.
Um total de 158 soldados canadenses foram mortos na região montanhosa do
Hindukush, no leste e centro afegãos, até o término da operação, em 2011.
Deutsche Welle
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