O jornalista da BBC Gabriel Gatehouse, que acompanhou as celebrações em
2011, voltou ao local onde a arma foi vista.
Gatehouse foi atrás da lendária arma e dos rebeldes com os quais esteve
anos atrás.
Seu destino era Misrata, cidade a 200 kilômetros a Nordeste da capital
Trípoli, que hoje funciona como uma espécie de estado independente.
O Exércio Islâmico ocupou parte relevante do vácuo deixado pelas forças
leais a Khadafi.
Primeiro, o jornalista encontrou seu antigo contato na área, Anwar
Suwan, que guardou o corpo de Khadafi em seu frigorífico.
"Cortaram a cabeça de uma cobra", diz ele, referindo-se à
morte do coronel. "Mas outras cobras tomaram seu lugar", diz ele,
alertando para o pergo na região.
Através de dicas de locais, Gatehouse chega ao nome do jovem Mohammed
el-Bibi, visto com a arma durante a celebração rebelde.
'Pesada'
O jornalista conseguiu o telefone do homem, e marcou de encontrá-lo
pessoalmente.
"Eu tinha 14 anos (quando Khadafi morreu)", diz el-Bibi, hoje
de cabelos curtos e bem aparados.
Gatehouse descobriu então que a arma está sob posse do pai de al-Bibi.
Quando a arma finalmente chega, pai e filho lembram que a pistola,
supostamente um presente de um filho de Khadafi ao coronel, é um símbolo do
regime.
Mas Mohammed el-Bibi está desconfortável com seu troféu.
"Por favor, diga a todos que não matei Khadafi", ele pede.
"Estou triste (sobre a situação atual da Líbia). Vejo líbios matando
líbios, o que é muito ruim. Todos querem ser como Khadafi".
BBC - Brasil
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