A cerimônia foi presidida pelo
ministro da Defesa, Raul Jungmann, que na ocasião recebeu a comenda da Ordem do
Mérito Naval, no grau Grã-Cruz, das mãos do comandante da Marinha, almirante
Eduardo Bacellar Leal Ferreira.
"Esta condecoração é símbolo
da história da Marinha e do seu dia. E representa uma lembrança daqueles que
travaram, lutaram e morreram pela soberania e independência do Brasil. É motivo
da mais elevada honra e alegria por ter sido condecorado pela Marinha",
comentou o ministro Jungmann.
Para ele preservar a memória da
Batalha do Riachuelo significa projetar um compromisso de futuro com a
soberania, a integridade territorial, a paz e a segurança do povo brasileiro.
"O dia de hoje é uma reverência daqueles que travaram essa batalha e que
agiram com honra e compromisso em defesa da pátria, dando suas vidas para que o
Brasil continuasse soberano e independente", afirmou o ministro, após a
solenidade.
O comandante da Marinha iniciou a
leitura da sua "Ordem do Dia" dizendo que o domingo do dia 11 de
junho de 1865 entraria para a história nacional pela contribuição decisiva da
Esquadra à vitória na Guerra da Tríplice Aliança. "Marinheiros e
fuzileiros navais, nunca se esqueçam dos acontecimentos daquele dia, e reflitam
sobre algumas lições tiradas do conflito", continuou ele em seu discurso.
Em outro momento da mensagem, o
comandante da Marinha lembrou que a realidade mundial dos dias de hoje é muito
diferente, mas igualmente insegura. Por isso, falou sobre a importância do
respaldo da sociedade no sentido de apoiar a preparação do Poder Naval para o
emprego real, com meios modernos e capacitados.
Em seguida, foi lida a mensagem
do presidente interino da República, Michel Temer, na qual se destacou que a
Marinha está à altura do desafio de defender as águas jurisdicionais e de dar
continuidade às suas demais funções constitucionais. "A agenda da Marinha
é vasta. Inclui temas tão cruciais quanto a assistência médico-hospitalar a
populações ribeirinhas da Amazônia e do Pantanal, composição dos contingentes
das missões de paz das Nações Unidas no Haiti e no Líbano, e o apoio à
segurança nos Jogos Olímpicos", afirmou a mensagem do presidente interino.
Durante a cerimônia, foram içados
os sinais de Barroso, em homenagem aos heróis da batalha e, em seguida,
executados os toques da vitória e de comandante em chefe, acompanhados da salva
de 17 tiros.
Participaram do evento o ministro
chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,
general Sergio Westphalen Etchegoyen. Também estiveram presentes os comandantes
do Exército, general Eduardo Villas Bôas; da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo
Luiz Rossato; o secretário-geral do Ministério da Defesa (MD), general Joaquim
Silva e Luna; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA),
almirante Ademir Sobrinho, além de secretários do MD, embaixadores,
parlamentares, membros do Almirantado, oficiais generais das Forças Armadas e
demais autoridades civis e militares. A solenidade foi encerrada com o desfile
da Guarda de Honra.
Ordem do Mérito Naval
Durante o evento, personalidades
civis e militares, além de instituições, foram agraciadas com a medalha da
Ordem do Mérito Naval, por terem prestados relevantes serviços à Marinha do
Brasil. A medalha da Ordem do Mérito Naval foi criada pelo Decreto nº 24.659,
de 11 de julho de 1934, e destina-se a premiar os militares da Marinha que
tenham se distinguido no exercício de sua profissão. A Medalha também é
dirigida a corporações, autoridades nacionais e estrangeiras, civis e militares.
Batalha Naval do Riachuelo
No dia 11 de junho de 1865, a
Marinha Imperial Brasileira vencia a Batalha Naval do Riachuelo – mais
importante conflito da armada nacional durante a Guerra da Tríplice Aliança
(1864-1870). A vitória foi decisiva para assegurar ao Brasil e aos aliados
(Uruguai e Argentina) a supremacia na bacia do Rio da Prata, caminho
estratégico para o envio de tropas e suprimentos na luta contra os invasores da
província de Corrientes, na Argentina.
A Batalha do Riachuelo é
considerada por militares e historiadores como uma das mais importantes da
história do Brasil, não só pelo tamanho da tropa envolvida, mas também pela
atuação marcante do almirante Francisco Manoel Barroso, comandante da esquadra
brasileira que, mesmo tendo perdido a primeira fase do embate, conseguiu
reverter a adversidade e vencer a batalha.
Ministério da Defesa
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