A Alta Representante da UE para Política Externa e de Segurança sugeriu
ao Conselho de Segurança da ONU a adoção de uma resolução, que está atualmente
em discussão, que autorize a operação Sophia no alto mar ao largo da costa da
Líbia, com vista a «aplicar o embargo da ONU sobre armas».
O Conselho de Segurança da ONU, constituído por 15 países, deverá
começar a debater nos próximos dias um projeto de resolução desenvolvido pela
França e pelo Reino Unido. Se o texto for adotado, forças navais europeias vão
poder intercetar em alto mar embarcações suspeitas de transportarem armas para
a Líbia, sem necessitarem de consentimento dos países de origem dessas
embarcações.
A operação Sophia é limitada ao mar e pretende lutar contra o
contrabando de armas, mas, para atuar nas águas que pertencem à Líbia, será
necessário o acordo das autoridades do país.
A maior parte das armas que entram na Líbia são destinadas a grupos
armados de oposição e milícias. A violência armada motiva milhares de
habitantes a tentar atravessar o mar, arriscando as vidas.
Além da implementação do embargo, a União Europeia quer treinar a guarda
costeira líbia, com um acordo bilateral.
Vitali Tchourkine, embaixador da Rússia na ONU, disse aos jornalistas
que o país não se opõe ao projeto de resolução, mas tem «preocupações». Moscovo
quer garantir que a ONU não possa ser acusada de tomar partidos na Líbia. Para
o diplomata russo, «a prioridade número um na Líbia é colocar no seu lugar as
autoridades adequadas».
Redação com Agência. África 21 Online
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