O esquema de segurança faz parte
das ações de gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo e defesa área para os
Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Serão mais de 15 mil militares e 80
aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) envolvidos no evento.
Hoje (24/07), foram ativadas duas
áreas de segurança em torno da Vila Olímpica, no Rio de Janeiro: branca e
vermelha da Barra da Tijuca, com diferentes proibições. As restrições foram
comunicadas através do Guia Prático de Consulta sobre as Alterações do Espaço
Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 à comunidade aeronáutica
em documento técnico publicado em 15 de dezembro de 2015 e complementadas por
meio de NOTAM (aviso aos aeronavegantes).
Voos de ultraleves, de parapente
e de aeronaves remotamente pilotadas (RPA), assim como saltos de paraquedas,
por exemplo, são algumas das categorias que estão afetadas pelas medidas de
restrição durante o evento.
A partir do dia 3 de agosto, com
início das competições de futebol que ocorrerão no Estádio Olímpico do Engenhão
e o funcionamento da Vila Olímpica, a área vermelha da Barra da Tijuca estará
ativada 24 horas por dia. Somente poderão voar aeronaves que possuam
autorização expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDADRA),
incluindo as das Forças Armadas, órgãos de segurança pública, chefes de estado
e autoridades públicas, aeronaves-ambulância e aquelas utilizadas pelas
organizações dos eventos esportivos.
O Aeroporto de Jacarepaguá, que
fica a uma milha e meia do Parque Olímpico, será usado apenas para operações de
segurança. Os veículos aéreos que descumprirem as restrições poderão ser
interceptados por aeronaves da FAB.
Imagens em tempo real – Para
abertura da Vila Olímpica, a zona de exclusão aérea foi ativada a partir das
08h00. A ação foi coordenada pelo COMDABRA e pelo Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA), em uma atuação conjunta da defesa aérea e controle de
tráfego aéreo.
Segundo o Coordenador da Sala
Master de Comando e Controle, Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza
Nascimento, o Centro de Operações Militares (COpM) do Segundo Centro Integrado
de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), gerenciou o
acionamento e a coordenação de todos os alertas de defesa aérea. “Por
intermédio do Sistema de Gestão de Voos Olímpicos e Paralímpicos (SGVOP), o
COpM 2 recebeu as listas das aeronaves autorizadas pelo COMDABRA para voar nas
áreas ativadas. Esta estreita coordenação permitiu melhor resposta nas ações de
defesa aérea, que são de responsabilidade do COMDABRA”, esclarece o
oficial-general, que acompanhou a operação direto do COpM 2.
De acordo com o Adjunto da Sala
Master, Tenente-Coronel Aviador Antônio Márcio Ferreira Crespo, o trabalho da
sala contribuiu para a coordenação das ações de monitoramento do fluxo de
tráfego aéreo, segurança e defesa do espaço aéreo. “Atualizou, também, os
membros da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) com
relação aos status das áreas ativadas”, acrescentou o oficial.
O esquema de segurança é o mesmo já
empregado em outros eventos, como a Conferência das Nações Unidas para
Desenvolvimento Sustentável – Rio + 20, em 2012, a Copa das Confederações e a
Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014.
Apesar das restrições no espaço
aéreo brasileiro, as medidas não afetaram o fluxo de aeronaves que decolaram e
pousaram nos aeroportos do Rio de Janeiro. “As mudanças funcionaram conforme o
planejamento inicial. O treinamento realizado permitiu que os possíveis
impactos na circulação aérea fossem minimizados”, avalia o Brigadeiro Luiz
Ricardo.
Assessoria de Comunicação Social
do DECEA
Reportagem: Denise Fontes –
jornalista
Fotos: Fábio Maciel e CINDACTA II
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