O
Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino destacou
a importância do papel da sociedade na consecução dos objetivos ligados à
segurança e defesa. “É fundamental colocarmos para a sociedade o nosso
planejamento. Devemos ter em mente que não são só as Forças Armadas bem
equipadas e bem treinadas que provêm a segurança, mas precisamos também de uma
sociedade bem informada a respeito do que fazemos”, afirmou o
Tenente-Brigadeiro Aquino.
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Diretor-Geral
do DECEA
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O espaço aéreo terá regras especiais durante o período dos jogos, com
restrições para sobrevoo na cidade do Rio de Janeiro. Serão ativadas três áreas
de restrição: áreas branca, vermelha e amarela, com diferentes proibições de
voo. Voos de ultraleves, saltos de paraquedas, voos de parapente e de aeronaves
remotamente pilotadas (RPA), por exemplo, são algumas das categorias que serão
afetadas pelas medidas de restrição durante os jogos. Nas cinco áreas
vermelhas, cada uma com 7,4 quilômetros de raio, estabelecidas sobre os
complexos esportivos, só poderão voar aeronaves que possuam autorização
expressa do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMBADRA). As medidas de
restrição no espaço aéreo estão disponíveis no Guia Prático de Consulta sobre
as Alterações do Espaço Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e foram
divulgados à comunidade aeronáutica em documento técnico publicado em 15 de
dezembro de 2015. Segundo o Comandante do COMDABRA, Major-Brigadeiro do Ar
Mário Luis da Silva Jordão, as proibições ocorrem em função da necessidade de prover
segurança. “É importante ressaltar que todo procedimento de segurança gera
regras, e essas regras podem gerar algum tipo de desconforto e restrição. Não
há dúvidas de que temos que dar toda a atenção à segurança. Essas áreas foram
delimitadas em reuniões exaustivas, de modo que a aviação geral e regular
tivesse condições de operar durante os jogos”, esclareceu o Major-Brigadeiro
Jordão.
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Coletiva de
imprensa no DECEA – Maj Brig Jordão
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Mesmo
com as restrições na circulação aérea e o aumento do tráfego aéreo decorrente
do fluxo de delegações, autoridades e Chefes de Estado, turistas e
profissionais da imprensa do mundo todo, as ações da Força Aérea foram
planejadas para causar mínimo impacto às ações da aviação civil e à rotina do
passageiro. A expectativa é que ocorram 270 mil embarques e desembarques na
cidade do Rio de Janeiro durante quatro dias de pico, no início das Olimpíadas.
Somente para o dia 22 de agosto, um dia após o final dos Jogos Olímpicos, são
estimados 405 mil passageiros nos dez aeroportos envolvidos no esquema especial
para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
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Ações da FAB
na Rio 2016 foram detalhadas à imprensa
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Para
garantir a fluidez do tráfego aéreo e solucionar rapidamente qualquer situação
que possa afetar a regularidade das operações aéreas como, por exemplo,
problemas meteorológicos, será ativada, no Centro de Gerenciamento da Navegação
Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro, a Sala Master de Comando e Controle. A Sala
Master reúne, em um ambiente voltado à coordenação de ações e tomada conjunta
de decisões, 24 horas por dia, representantes de ministérios, secretarias,
agências governamentais, empresas aéreas e todas as demais organizações
envolvidas direta ou indiretamente na estrutura do transporte aéreo do Brasil.
A Sala Master funcionará de 20 de julho a 24 de setembro. Segundo o chefe do
CGNA, Coronel Aviador Luiz Roberto Barbosa Medeiros, a Sala Master contará com
o Sistema de Gerenciamento de Voos Olímpicos e Paralímpicos (SVOP), um software
desenvolvido especialmente para as Olimpíadas. Dentre as ações de preparação, o
Programa de Simulação de Movimentos Aéreos (PROSIMA) teve uma edição especial
para o treinamento dos controladores de tráfego aéreo para o treinamento dos
controladores de tráfego aéreo para os Jogos Olímpicos, com ênfase na
fraseologia em língua inglesa e na simulação de aumento do tráfego aéreo e de
ameaças.
Em
terra, militares da Infantaria da Aeronáutica estão prontos para manter a
segurança das bases aéreas e demais instalações da FAB e, ainda, atuar como
batedores em comboios de autoridades. No caso de aeronaves que tenham sido
interceptadas pela defesa aérea e forçadas a pousar, grupos com treinamento
especial farão a abordagem em solo na Base Aérea de Santa Cruz (BASC). As ações
de segurança em solo são coordenadas pelo Terceiro Comando Aéreo Regional (III
COMAR). “Realizaremos na Base Aérea do Galeão todos os serviços que acontecem
em um voo internacional ao chegar em um aeroporto no Brasil. Temos a capacidade
de receber três chefes de Estado a cada 20 minutos”, explicou o Comandante do
III COMAR, Major-Brigadeiro do Ar José Euclides da Silva Gonçalves.
Após
a coletiva, os profissionais de comunicação foram convidados a acompanhar a
simulação de uma interceptação, feita por um caça F-5 do Primeiro Grupo de
Aviação de Caça sobre o Parque Olímpico da Barra.
Acompanhe
as ações da FAB pelo endereço fab.mil.br/rio2016
Fonte:
DECEA, por Ten Glória Galembeck
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