Aproximadamente
30 mil combatentes terroristas estrangeiros estão no Iraque e na Síria, afirmou
nesta terça-feira (05/07) o diretor do Comitê da ONU Contra o Terrorismo,
Jean-Paul Laborde, que advertiu contra o risco de "ataques cada vez mais
fortes" nos seus países de origem.
"Os
combatentes terroristas estrangeiros são muito numerosos" no Iraque e na
Síria, afirmou Laborde. "São cerca de 30 mil. E agora que o espaço vital
do Daesh [acrônimo árabe do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI)]
se reduz no Iraque, vemos eles regressar para nós, não apenas para a Europa,
mas também para os seus países de origem, como Tunísia ou Marrocos", disse
em Genebra.
"Os
ataques terroristas nos países de origem tendem a ser cada vez mais fortes para
contrabalancear a pressão que é exercida sobre eles", insistiu. Laborde
apelou aos países para colocarem em prática uma "filtragem" destinada
a distinguir "entre uma grande parte dos combatentes estrangeiros que não
são pessoas perigosas e aquelas que são".
O
diplomata francês acrescentou que a comunidade internacional dispõe de
utensílios jurídicos para combater o terrorismo, mas sublinhou que "a
adaptabilidade e flexibilidade das organizações terroristas é muito mais rápida
que a nossa".
Laborde
defendeu uma cooperação conjunta da comunidade internacional com empresas
privadas, como Google, Twitter e Microsoft, para combater o deficit de
flexibilidade e vigiar os terroristas de forma mais eficaz na internet, sem, no
entanto, violar a liberdade de expressão.
Ele
apelou ainda aos governos nacionais para compartilharem de forma mais rápida as
informações, considerando que, se isso não for feito, os atos terroristas
continuarão crescendo.
O Comitê Contra o Terrorismo, no qual estão representados os países-membros do Conselho de Segurança, foi criado em Nova York logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
DW
- Deutsche Welle
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