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Página de grupo brasileiro na internet declara apoio à facção terrorista Estado
Islâmico
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Cândido
Henrique Silva
Com Agências
A Polícia
Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Hashtag, a partir
da qual pretende investigar possível participação de brasileiros em organização
criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico (EI) no
país. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, com
possibilidade de prorrogação por mais 30. É o período necessário para a
conclusão dos Jogos Olímpicos do Rio. A Polícia Federal faz ações no Rio, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás e Minas
Gerais
O grupo
já estaria tramando ações terroristas que poderiam ocorrer durante a realização
da Olimpíada, que ocorrerá entre os dias 5 e 21 de agosto. Foi a primeira
prisão com base na lei antiterror.
A quebra
de sigilo de dados e telefônicos revelou indícios de que os investigados
"preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso
de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos", segundo a
PF.
Por
questão de segurança e para "assegurar o êxito da operação", a PF
decidiu não revelar o nome dos presos. "O processo tramita em segredo de
Justiça", informou a PF em nota oficial, que foi divulgada na esteira da
divulgação de informações que dão conta de que o Estado Islâmico e outros
grupos jihadistas conclamaram os seus seguidores a atuar como "lobos
solitários" e realizar ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos.
Entre os
alvos sugeridos dos terroristas estão as delegações e visitantes dos Estados
Unidos, Inglaterra, França e Israel, sendo que entre os métodos propostos estão
a utilização de drones com pequenos explosivos, acidentes de trânsito e o uso
de veneno e medicamentos.
Segundo o
ministro da Justiça, Alexandre de Morais, que concede entrevista coletiva neste
momento, integrantes do grupo que defendia uso de arma de táticas de guerrilha
chegaram a entrar em contato com o Estado Islâmico na internet e também a
tentar comprar metralhadoras no Paraguai.
Reportagem
publicada em primeira mão pelo jornal O TEMPO nesta quarta-feira (20) mostra
que o primeiro grupo extremista brasileiro cadastrado no Telegram (app similar
ao WhatsApp), o “Ansar al-Khilafah Brazil”, jurou lealdade ao Estado Islâmico e
até 17 métodos de atentados que poderão ser usados durante os jogos no Brasil.
As 12 pessoas fizeram um contato com o Estado Islâmico, via aplicativo de mensagens instantâneas, onde juraram fidelidade ao grupo que reivindica atentados na Europa e também nos Estados Unidos.
Segundo o
ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, a operação da Polícia Federal se
pautou em quatro pontos principais: o juramento, os atos preparatórios e a
tentativa de um dos membros do grupo de ir a locais de controle do Estado
Islâmico.
O
juramento
"Só
houve um contato com o Estado Islâmico. A partir do juramento ao Estado
Islâmico, começaram alguns preparativos. Veio uma ordem para que começassem
treinamento de artes marciais, mas que não era direcionado", explicou
Alexandre Moraes.
Armamento
"Queriam
adquirir um fuzil AK-47 para realizar uma ação. Mas não há qualquer indicação
que conseguiram comprar o armamento, mas é um ato preparatório", destacou.
Moraes
disse que também encontrou mensagens comemorando os atentados em Orlando e
também em Nice, na França. "Eles partiram para agravamento do
discurso", comentou o ministro.
Sem alvo
"Não
houve um alvo específico, mas como falaram que o Brasil era alvo foi necessário
a apreensão. Foi apreendido computadores e celulares. A prioridade total é de
perícia em tudo o que foi apreendido. Temos que verificar rápido se há algo a
mais ou não", completou Moraes.
Atos
preparatórios
"Você
comprar uma arma para comprar uma arma. Você pode ser preso por terrorismo
quando se compra uma arma uma ação terrorista
Entenda a
notícia em tópicos
1. Houve
um primeiro contato com o Estado Islâmico. Um juramento via internet
2. Houve
uma série de atos preparatórios. E, em um determinado momento, esse próprio
grupo entendeu que o Brasil poderia se transformar em um alvo.
3. Não
houve nenhum contato depois desse juramento, com ninguém do Estado Islâmico
4. Um
deles estava querendo ir ao exterior para conseguir um contato. Esse mesmo
membro disse que não poderia ir nesse momento porque não tinha recursos
financeiros para ir.
Transparência
"É a
primeira prisão realizada com a lei anti-terror. Estabelecemos o compromisso que
divulgaremos todas as informações novas para que não sejam divulgadas
informações que levem a uma pânico desnecessário", disse o ministro.
O
Tempo
http://www.otempo.com.br/hotsites/rio-2016/pf-prende-grupo-que-preparava-atos-de-terror-na-olimp%C3%ADada-1.1341353
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