A
imprensa nacional e internacional também acompanhou o deslocamento da tropa.
Antes do embarque, o ministro Jungmann comentou sobre a atuação das Forças
Armadas durante a realização do evento no País. "É fundamental contarmos
com ostensividade e visibilidade porque isto traz uma sensação de segurança à
populaçao, ao mesmo tempo, que inibirá qualquer um que queira tumultuar ou
ferir a segurança dos Jogos", disse Jungmann.
Sobre
o atentado terrorista ocorrido ontem em Nice, na França, o ministro ressaltou que
haverá uma ampliação da segurança, com mais rigidez. "Vamos aumentar a
segurança com mais revistas, detectores de metais e identificação de pessoas,
para garantir a tranquilidade dos Jogos. Nós temos as delegações de maior
risco, que já terão o esquema de proteção especial. Temos 22.850 militares da
Marinha, Exército e Aeronáutica e já disponibilizamos reforço de reserva para
qualquer eventualidade."
Apenas
na cidade do Rio de Janeiro, aproximadamente 48 mil militares das três Forças e
dos órgãos de segurança pública farão a proteção e defesa dos Jogos, atuando
nas instalações olímpicas, segurança de mandatários e atletas, no entorno do
aeroporto do Galeão, ao longo das principais vias de acesso e na orla marítima.
Durante
o voo, Jungmann conversou novamente com os jornalistas e reforçou o compromisso
das Forças Armadas na segurança das Olimpíadas. "Teremos mais segurança e
inteligência e na próxima semana apresentaremos um centro integrado de
contraterrorismo e o centro internacional de inteligência."
Ao
chegar à Base Aérea do Galeão, o ministro assistiu um apronto operacional de
militares da FAB e visitou a aeronave C-105 Amazonas e o helicóptero Caracal,
preparadas para o transporte de vítimas em acidentes químico, biológico,
radiológico e nuclear.
Jungmann
contou também que o governo brasileiro enviou agentes da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) à França com o objetivo de receber informações sobre o
atentado ocorrido na Riviera Francesa. O ministro reforçou que o serviço de
inteligência militar do Brasil atua em parceria com os de outros países.
"Temos acordo de cooperação com a França, Estados Unidos e Israel, dentre
outros, e nenhum deles informou qualquer mobilização de grupos
terroristas", destacou.
O
ministro participou das atividades na companhia do comandante da Aeronáutica,
brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, e demais oficiais generais do seu gabinete. No
Rio, Jungmann e comitiva foram recebidos pelo chefe do III Comar, brigadeiro
José Euclides da Silva Gonçalves.
Aeronave
e experiências
O
Boeing 767, alugado pela FAB para ampliar sua capacidade logística, levou até
ao Rio cerca 100 fuzileiros navais, pertencentes a unidades da Marinha em
Manaus e Ladário (MS). Esses homens serão empregados em ações de garantia da
lei e da ordem. Os militares da FAB, também aproximadamente 100 homens, são
oriundos do Batalhão de Infantaria Especial de Manaus e Belém, Batalhão de
Infantaria de Boa Vista e Porto Velho e Companhia de Infantaria de Alcântara
(MA).
A
aeronave, além de ser empregada neste voo inaugural de transporte de tropas até
o Rio de Janeiro, será também será usada em missões de ajuda humanitária,
missões diplomáticas e de transporte aerologístico. A aeronave pode transportar
257 pessoas, possui capacidade de carga de 38 toneladas, somando os dois
porões, e volume de 115m³.
O
cabo Leal, do VI Comando Aéreo Regional de Brasília, já atuou na Copa do Mundo
2014. Para o militar, a participação nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é uma
imensa satisfação. "A expectativa é grande. É um prazer estar fazendo a
defesa da nossa pátria."
A
bordo do Boeing, o fuzileiro Arruda, falou que já participou de inúmeras
missões, mas segundo ele, nada se compara ao trabalho nos Jogos. "Para mim
é gratificante trabalhar nas Olimpíadas no Brasil."
Por
Alexandre Gonzaga
Ministério
da Defesa
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