Os
operadores aeroportuários privados também terão representatividade na sala, que
compartilhará as informações sobre as locomoções (como chegada, deslocamentos e
partidas) das autoridades e das delegações, bem como a ativação e desativação
das áreas de restrição do espaço aéreo. A previsão é que a Sala Master funcione
até o dia 24 de setembro.
O
trabalho na Sala Master é baseado no processo de decisão colaborativa (CDM, do
inglês Colaborative Decision Making), metodologia adotada no CGNA, na qual
diferentes órgãos participam da avaliação e escolha dos procedimentos na gestão
de uma determinada situação no gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo. “A Sala
Master foi constituída para agregar todos os órgãos do governo que terão uma
certa influência ou determinação nos voos que serão realizados durante os Jogos
Olímpicos Rio 2016. A finalidade básica é dispor de pessoas que tenham a
capacidade de tomar a decisão da forma mais rápida possível, passando por todos
os atores que podem influenciar um voo, para que a gente tenha um completo
domínio do setor aéreo durante todo o período dos Jogos Olímpicos”, explicou o
Brigadeiro do Ar Luiz Ricardo de Souza Nascimento, coordenador da Sala Master.
Os
dias de picos de movimentos aéreos estão relacionados aos seguintes eventos:
cerimônia de abertura (05/08), finais de atletismo, natação, ginástica e tênis
(dias 13 e 14/08), finais da maioria dos esportes coletivos e encerramento do
evento (dias 20 e 21/08) e o dia seguinte ao encerramento dos Jogos Olímpicos
(dias 22/08).
Este
ano haverá uma segunda Sala Master, que ficará num ambiente em anexo à
principal, destinada às equipes de apoio dos representantes das instituições
que estarão prestando serviço na Sala Master 1 e aos Chefes das Divisões
Operacionais (DO) dos órgãos regionais do DECEA – os quatro Centros Integrados
de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) e o Serviço Regional de
Proteção em Voo de São Paulo (SRPV-SP). Outra novidade é o Sistema de Gestão de
Voos Olímpicos e Paralímpicos (SGVOP), um software desenvolvido no próprio CGNA
que reúne todas as funcionalidades dos processos desenvolvidos.
O
maior dos grandes eventos
Competições
simultâneas, atrações ao ar livre, 42 modalidades esportivas, milhares de
turistas a passeio e profissionais a trabalho – todos na mesma Cidade
Maravilhosa. Nenhum outro grande evento realizado no Brasil nestes últimos
quatro anos se compara aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Ativação
simultânea de áreas de restrição no espaço aéreo, ampliação e alteração dos
horários de funcionamento dos aeroportos e significativo aumento no fluxo de
tráfego aéreo tornam o trabalho do Departamento de Controle do Espaço Aéreo
(DECEA) ainda mais dinâmico e desafiador. Para se ter uma ideia da grandeza do
evento, confira os números:
–
39 aeroportos envolvidos (incluindo três Bases Aéreas), localizados nas
cidades-sede;
–
22 posições de embarque no aeroporto Santos Dumont (8 assistidas por pontes e
14 remotas);
–
mais de 1 milhão de atletas, delegações e turistas circulando nos aeroportos –
sendo destes 4 mil atletas paralímpicos, o que reforça o desafio da
acessibilidade – e 32 mil jornalistas;
–
4,7 milhões de volumes de bagagem processados nos terminais cariocas;
–
2,2 mil controladores de voo treinados no Programa de Simulação de Movimentos
Aéreos (Prosima);
–
mais de mil vagas extras nos pátios dos aeroportos para estacionamento de
aeronaves;
–
cerca de 100 Chefes de Estado e delegações de 206 países;
–
estimativa de 900 a mil movimentos de aeronaves executivas no dia da abertura;
e
–
45% extra de servidores de órgãos públicos envolvidos na prestação de serviço
aeroportuário, com mais de 2,5 mil profissionais envolvidos.
Sala
Master: uma história de sucesso
Esta
será a quinta vez que a Sala Master será ativada desde a sua criação. Em 2011,
vislumbrando os grandes eventos que o Brasil sediaria ao longo dos próximos
anos, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, levando em consideração a
necessidade de planejar diversos setores para receber as crescentes demandas de
tráfego aéreo, elaboraram o Plano de Ação para Grandes Eventos.
O
plano prevê todas as ações dos órgãos de controle e de gerenciamento de tráfego
aéreo antes, durante e depois dos grandes eventos da Conferência Rio + 20, Copa
das Confederações, Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Copa do Mundo e Jogos
Olímpicos e Paralímpicos.
Uma
primeira versão da Sala Master se deu já em 2012, quando nove militares se
reuniram para atuar na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20. Na sequência, em 2013, a Sala Master foi ativada para
receber a Copa das Confederações e, no mesmo ano, a Jornada Mundial da
Juventude. Em 2013 a sala teve um modelo mais complexo, reunindo autoridades do
Comando da Aeronáutica, SAC, Infraero, ANAC, Receita Federal, Polícia Federal,
ANVISA, entre outros representantes das organizações envolvidas direta ou
indiretamente na estrutura do transporte aéreo.
Em
2014, como a realização da Copa do Mundo FIFA, a Sala Master passou por uma
reforma, tendo agora à sua disposição, além do banco de dados meteorológicos e
de defesa aérea, um monitor de visualização do software SIGMA (Sistema
Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos), com dados sobre a localização das
aeronaves em sobrevoo tanto em nosso território, como em grande parte do Oceano
Atlântico (FIR Atlântico), totalizando uma cobertura de 22 milhões de
quilômetros quadrados.
Muitas
foram as conquistas deste modelo de decisão colaborativa, bem sucedido em
operações de rotina no CGNA e igualmente vitorioso na Sala Master. A integração
dos órgãos e empresas, num ambiente de atividade ininterrupta, propicia não só
a rápida resposta em momentos de crise, como a garante a qualidade de todas as
ações executadas por conta da presença de autoridades de cada setor.
Assessoria
de Comunicação Social do DECEA
Reportagem:
Telma Penteado
Fotos:
Luiz Eduardo Perez
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