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Aeronave que caiu era do modelo Skyhawk (Foto: Fred Carvalho/G1) |
Fernanda
Soares E Gustavo Garcia-região Dos Lagos
A
Marinha do Brasil revelou nesta terça-feira (2) que a aeronave que desapareceu
após um acidente durante um treinamento na costa de Saquarema, Região dos
Lagos, há uma semana, não possuía GPS (Global Positioning System ou Sistema de
Posicionamento Global). O órgão faz buscas pelo piloto com o apoio do Corpo de
Bombeiros. De acordo com a Marinha, o caça AF-1 Skyhawk tinha dois dispositivos
Personal Locator Beacon (PLB), espécie de localizador para o piloto, mas
"até o presente momento, não foi detectado qualquer sinal proveniente
desses equipamentos".
Os
equipamentos estavam instalados no colete e no assento ejetável. O primeiro
funciona por acionamento manual, enquanto o do assento tem acionamento
automático durante a ejeção. Segundo a Marinha, a aeronave era vista nos
radares do mapa aéreo brasileiro e sumiu no ponto da queda, em Saquarema. O
acidente aconteceu quando dois caças que realizavam um treinamento padrão de
ataque a alvos de superfície se chocaram no ar, segundo o órgão.
Nenhum
vestígio ou destroço da aeronave foi encontrado até o momento, segundo a
Marinha, que também não divulgou o nome do piloto. De acordo com o órgão, que
abriu um Inquérito Policial Militar, também não há avanços na investigação
sobre as causas que levaram ao choque das aeronaves. O prazo para a
apresentação de um parecer é de até 60 dias após a abertura do processo, no dia
27.
As
condições do mar de ressaca dificultam os trabalhos das equipes de busca e
salvamento, mas a Marinha segue com o trabalho sem interrupção na costa da
Praia de Jaconé. O militar decolou com a aeronave em São Pedro da Aldeia na
tarde de terça-feira (26) e não retornou. O órgão afirma que a queda foi vista
pelo piloto do outro caça AF-1 Skyhawk, que também participava do treinamento e
se envolveu no acidente. Ele retornou com segurança para a Base Aérea Naval.
Navio-sonda
O
navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico "Vital de Oliveira", da
Marinha do Brasil, atua próximo à costa de Saquarema desde a quarta-feira (27)
junto com outras embarcações. Helicópteros estão sobrevoando o mar para tentar
encontrar vestígios do caça. Agentes dos bombeiros fazem varreduras na areia
com quadriciclos.
O
navio tem 78 metros de comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade
para 130 pessoas.
Entre os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som e sonar de varredura lateral. A embarcação pode ser operada remotamente.
G1
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