"O
contexto político atual" dificultou a autorização de exportar bombas de
fragmentação, explicou o grupo Textron na tarde de quarta-feira em nota à SEC,
a Comissão de Valores e Seguros dos Estados Unidos.
No
fim de maio, o governo americano decidiu suspender a exportação de bombas de
fragmentação da Textron para a Arábia Saudita, após a pressão de algumas ONGs e
de legisladores que denunciavam o uso destas armas por sauditas no Iêmen.
As
bombas de fragmentação contêm pequenas bombas, em certos casos até centenas
delas, que se dispersam em uma área muito extensa, mas que nem sempre explodem,
o que faz com que na prática funcionem como minas antipessoais e representem um
risco de morte para civis durante anos.
A
convenção internacional de Oslo de 2008, que proíbe este tipo de bombas, foi
ratificada por muitos países ocidentais, mas não pelos Estados Unidos.
Outros
quinze países produzem bombas de fragmentação, como China, Rússia e Israel.
Segundo
informe da ONU do Observatório de bombas de fragmentação, estes explosivos
foram usados de forma "intensa e repetida" em 2015 no Iêmen pela
coalizão chefiada pela Arábia Saudita e na Síria pela Rússia.
De
acordo com este relatório, mais de 400 pessoas morreram ou ficaram feridas
nestes ataques, das quais 97% eram civis e 36%, crianças.
IstoÉ
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