As
manobras dos caças F-16 exigem que o piloto suporte a força de até 9G, e depois
de muito treinamento o corpo humano se adapta à pressão. Uma pessoa comum
normalmente suporta até 5G sem desmaiar.
Faz
parte do treino aprender a reconhecer os primeiros sinais de perda de
consciência, como perda da visão periférica e amortecimento dos sentidos como
audição, para que a rota possa ser alterada em tempo.
O
piloto em treinamento chamado pelo codinome Ocho, porém, conta que simplesmente
perdeu os sentidos quando estava sob 8,3G de pressão, fazendo com que a nave
mergulhasse em direção ao deserto.
“Eu
comecei a rodar e comecei a puxar e estava seguindo [o instrutor] com os olhos.
A próxima coisa que lembro é de acordar e escutar “recupere-se”. Aconteceu tão
rápido. Normalmente as pessoas ficam com uma visão em túnel que gradualmente
aumenta. Sempre tenho isso, mas naquele dia não tive nada disso”, relembra o
piloto.
Em
menos de 20 segundos, o F-16 mergulhou da altitude de 5.181m para 2,753m. Neste
ponto, o autopiloto começou a funcionar, tirando o avião da rota de mergulho
apenas alguns segundos antes da colisão com o solo. O avião chegou a ficar a
apenas 1.310m de altitude antes de voltar a subir.
O
instrutor, Luke O’Sillivan, pode ser ouvido na gravação gritando “recupere-se!”
para seu aluno durante a queda.
O
sistema de autopiloto chamado Auto-GCAS foi desenvolvido pela NASA e pela força
aérea dos EUA depois de 30 anos de pesquisa, e funciona ao comparar a
trajetória da nave com o perfil do terreno gerado a partir de dados sobre
altura. Assim que o sistema calcula que a rota é de colisão, ele executa uma
recuperação automática, elevando o avião com força de 5G até que a trajetória
volte a ficar segura. Até hoje, essa tecnologia já salvou quatro pilotos em
treinamento e combate. [Science Alert]
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