A
simulação envolvendo militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica é parte
da Operação Amazônia 2016, ação militar que visa treinar os Estados-Maiores
Conjuntos das Forças Armadas para a interoperabilidade em operações no ambiente
amazônico, e foi acompanhada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Em
outro cenário, a simulação de civis feridos por explosão serviu para mostrar a
capacidade de atendimento médico no local,com a atuação de profissionais
médicos e enfermeiros no socorro de vítimas.
O
ministro Jungmann descreveu a operação como uma ação conjunta da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, que trata de reproduzir situações que exigem a
atuação das Forças Armadas e a utilização de seus meios terrestres, aéreos e
marítimos, implicando o cenário de uma atividade real.
“Esse tipo de exercício é fundamental para que as nossas Forças, em primeiro lugar, estejam adestradas e prontas para atuar em um cenário como este ou similar, aqui ou na defesa das nossas fronteiras, e também, para que exercitem aquilo que se chama interoperabilidade, ou seja, a capacidade das Forças de atuarem conjuntamente, de forma articulada” destacou Jungmann.
Operação
Amazônia
As
atividades desenvolvidas em Iranduba compreenderam um assalto aeromóvel (tropas
transportadas por helicópteros), realizado pelo 1º Batalhão de Infantaria de
Selva Aeromóvel, em aeronaves do 4º Batalhão de Aviação do Exército e do 7º/9º
Esquadrão da Força Aérea Brasileira, organizações sediadas em Manaus. Além
disso, tropas navais isolaram o porto de Iranduba para assegurar a tomada do
local pelo Batalhão de Operações Ribeirinhas, desembarcado pela Flotilha
Amazonas.
Em
seguida, o ministro assistiu à simulação de atendimento de feridos, por meio da
prática de medicina operativa, e a evacuação para o Hospital de Campanha da
Força Aérea Brasileira, montado no porto de Iranduba e funcionado com médicos
militares das três Forças.
Embarcações
da Marinha
O
ministro Jungmann, junto com oficiais-generais da Forças Armadas, embarcou em
uma lancha e percorreu o rio Solimões, num trecho onde estavam navios-patrulha
e navios de assistência hospitalar da Marinha. O ministro subiu a bordo do
Navio Patrulha Fluvial Rondônia, embarcação construída há 41 anos, e conheceu
os principais equipamentos do navio.
O
chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir
Sobrinho, ao folhear o livro com a história do Rondônia mostrou ao ministro
algumas passagens de quando comandou a embarcação.
Antes
de voltar à terra firme, Jungmann esteve no Navio Patrulha Fluvial Raposo
Tavares. Uma embarcação com 42 anos de operação que passou por reformas no
decorrer de sua operação.
Ação
cívico social
Neste
domingo (16), o Ministro da Defesa ainda acompanhará as atividades da Ação
Cívico-Social que será realizada no município, para atender a população local.
A ação visa prestar atendimento médico gratuito.
A
Operação Amazônia é coordenada pelo Ministério da Defesa e conduzida pelo
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). O almirante Ademir Sobrinho,
chefe do EMCFA, ressaltou que é importante, em qualquer Operação, o apoio da
população local, seja numa situação simulada ou real. “Nós estamos aproveitando
a oportunidade para adestrar o nosso pessoal e também prestar assistência à
população de Iranduba”, disse o almirante.
O
Comando Militar da Amazônia (CMA) sedia e participa do Operação, que inclui
ainda montagem de uma estrutura de defesa cibernética, no 1º Batalhão de
Comunicações de Selva, para o treinamento de combate a ataques cibernéticos da
força oponente. “Nós estamos empregando uma Força Tarefa Componente Terrestre,
numa simulação de defesa da Pátria, que é a missão constitucional das Forças
Armadas”, lembrou o general Geraldo Antonio Miotto, comandante do CMA.
A
última edição da Operação Amazônia ocorreu em 2014, nas cidades de Manaus, Boa
Vista e Normandia, a 180 quilômetros da capital de Roraima. Este ano, a
Operação conta com a participação de mais de 1,8 mil militares das três Forças
Singulares. Os meios empregados contam com 44 viaturas, 28 embarcações e 9 aeronaves.
A Operação ocorre de 7 a 18 de outubro, em duas fases: a primeira,
caracterizada por exercícios militares simulados e adestramento do planejamento
conjunto dos Estados-Maiores; a segunda, por ações das tropas como
reconhecimento e infiltrações aéreas na selva, escolta e resgate de reféns e
embarcações; e a Ação Cívico-Social (ACISO).
Por
major Sylvia Martins e Roberto Cordeiro
Ministério
da Defesa
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