“A
ideia é que no futuro nós desenvolvamos não só aviões militares, mas também
civis” , disse à reportagem o secretário executivo do Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços, Fernando Furlan. “Teremos a fabricação aqui, se
não total, de alguma fase das turbinas. “
Os
suecos, por sua vez, estão interessados em parcerias em outras áreas além da
fabricação de aviões. Os campos de interesse vão desde a mineração sustentável
até as cidades inteligentes, passando pela indústria de ponta. “As
oportunidades no futuro estão na manufatura de alta tecnologia” , disse o vice
ministro sueco para Assuntos de União Europeia e Comércio, Oscar Stenström. “É
o único meio pelo qual Brasil e Suécia poderão competir no mercado global. “
Ele
acrescentou que a Suécia está satisfeita com o andamento do projeto Gripen, e
espera uma “longa e frutífera parceria”.
Nesta
quarta-feira, o sueco participa de um evento mundial de mineração que ocorre no
Rio de Janeiro. Ele informou que a digitalização é uma tendência nessa
atividade e que seu país possui fornecedores de equipamentos desse tipo. Também
há máquinas que operam com menor consumo de energia.
Os
documentos assinados ontem começam a detalhar como se dará a parceria no âmbito
do projeto Gripen. “Nosso principal ganho é ter acesso a tecnologia que não
dominamos”, explicou Furlan. Já está certo, por exemplo, que Brasil e Suécia
trabalharão juntos para desenvolver um caça com dois assentos, um para o piloto
e outro para o navegador. “No futuro, seremos capazes de produzir um caça de
quinta geração.” A tecnologia, que nos estágios iniciais será para aviões
militares, depois poderá ser empregada na fabricação de aeronaves civis.
ISTOÉ
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