Simpósio trouxe oficiais da Força
Aérea Sueca para falar sobre temas operacionais e logísticos ligados à operação
do futuro caça brasileiro
Iniciou nesta segunda-feira, 21,
e segue até a próxima quarta (23/11), um simpósio com a Força Aérea Sueca sobre
aspectos operacionais e logísticos envolvidos na operação do futuro caça
brasileiro, o Gripen NG. A ideia do encontro, que acontece em Brasília, é que
os oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) possam conhecer a estrutura e a
rotina envolvidas na operação do Gripen na Suécia e fazer as adaptações
necessárias para o recebimento da aeronave.
Segundo o Chefe da Segunda
Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Brigadeiro do Ar Ricardo Reis
Tavares, o encontro deve estabelecer pontos de contato entre as Forças Aéreas e
promover o nivelamento de conhecimentos nas áreas operacional, logística,
defesa antiaérea, defesa de solo e medicina aeroespacial. “Esse simpósio vai
iniciar uma troca de experiências. Tudo que será debatido aqui vai influenciar
nosso dia a dia sobre como operar o Gripen no futuro”, afirma o Brigadeiro
Reis.
O grupo de suecos que está
ministrando as palestras é composto por cinco oficiais, dois pilotos de Gripen
e três militares de nível gerencial. O adido militar junto à Embaixada da
Suécia no Brasil também está acompanhando o evento. No primeiro dia de
palestras, o foco foi a apresentação do contexto militar do país parceiro e a
estrutura organizacional da Força Aérea Sueca.
O Tenente-Coronel Mattias
Hansson, que é engenheiro aeronáutico e está no Brasil pela terceira vez devido
ao projeto do Gripen, afirmou que, naquele país, as Forças Armadas são muito
integradas à sociedade. “Todo sueco sabe o que fazer em caso de cenário de
guerra. Em caso de mobilização, contamos com 850 mil soldados”, disse.
Uma das mudanças que o Gripen NG
vai trazer para a Força Aérea Brasileira no quesito operacional é a
possibilidade de atualização constante dos sistemas embarcados, em uma média de
4 ou 5 anos. Segundo o Chefe da Sexta Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica,
Brigadeiro Paulo Eduardo Vasconcellos, isso vai trazer implicações aos futuros
gestores, já que representa uma mudança de conceito em relação a como se
procede hoje - a modernização completa das aeronaves após décadas de uso. “Isso
mantém ativa por mais tempo a cadeia produtiva envolvida, além de, em tese, ser
mais barato”, explica.
Após o simpósio, os oficiais
suecos devem conhecer a Base Aérea de Canoas e a Base Aérea de Anápolis.
Agência Força Aérea, por Ten
Gabrielli Dala Vechia
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