O
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressão crescente da
oposição e acusações de corrupção, devido a sua decisão de levar adiante a
compra de três submarinos da Alemanha.
"Reforçar
a segurança do Estado de Israel foi minha única consideração ao comprar esses
submarinos", alegou o político conservador durante uma sessão de gabinete
neste domingo (20/11). "Eles são sistemas armamentistas estratégicos que
asseguram o futuro e a própria existência de Israel nas próximas décadas."
Netanyahu
é acusado de ter realizado a transação de 1,4 bilhão de euros desafiando a
resistência expressa do Ministério da Defesa. Além disso, seus críticos alegam
conflitos de interesse desde que se revelou que David Shimron, consultor
jurídico pessoal do chefe de governo, representara tanto a firma alemã
Thyssen-Krupp, que construiu os veículos da classe Dolphin, quanto um
empresário israelense que lucraria com os trabalhos de manutenção.
Shimron,
o Conselho Nacional de Segurança e o gabinete de Netanyahu rechaçam as
acusações. Políticos oposicionistas exigem a formação de uma comissão de
inquérito para o caso.
"Shimron
é representante oficial do primeiro-ministro e também advogado particular da família
Netanyahu. Ele mete a colher em todas as panelas. E, de todas as pessoas, era
justamente Netanyahu a não saber que ele estava envolvido com os
submarinos?", indaga Ben-Dror Yemini, colunista do jornal Yedioth
Ahronoth.
O
ex-ministro da Defesa Moshe Yaalon procurou distanciar-se da vultosa compra,
afirmando não estar informado sobre as negociações. "Fui veementemente
contra a aquisição de outros três submarinos", escreveu em sua página
oficial do Facebook, reivindicando a investigação das "muito perturbadoras"
imputações.
Os
submarinos são elemento importante na estratégia de intimidação militar do Irã.
As Forças Armadas israelenses dispõem atualmente de cinco embarcações alemãs, a
que uma sexta se reunirá em 2018. Segundo o Ministério da Economia em Berlim,
cada uma custou aproximadamente 600 milhões de euros, sendo a compra em parte
financiada com verbas dos contribuintes alemães.
Na
Alemanha a venda dos submarios é controvertida, pois teoricamente eles estariam
capacitados a lançar mísseis nucleares. Israel é considerada uma potência
nuclear, ainda que o governo jamais tenha admitido possuir armas desse tipo.
DW
- Deutsche Welle
Pois é corrupção existe em qualquer lugar, e a oposição também não deixa de ser igual, que apure-se a verdade e os responsáveis sejam devidamente punidos.
ResponderExcluir