O
grupo aéreo a bordo do porta-aviões Almirante Kuznetsov iniciará ofensiva
contra formações rebeldes na periferia de Aleppo, no norte da Síria. Segundo
especialista, momento é propício devido a não interferência dos americanos na
operação.
O
grupo aéreo baseado no porta-aviões russo Almirante Kuznetsov atacará posições
de militantes terroristas na região de Aleppo nos próximos dias, segundo
informou o jornal on-line Gazeta.ru, citando uma fonte do Ministério da Defesa
russo.
“O
principal objetivo do agrupamento, junto com os navios da Frota do Mar Negro e
os aviões da base militar de Hmeimim, é lançar, de longa distância, mísseis e
ataques aéreos contra os militantes que tentam entrar em Aleppo”, divulgou o
jornal russo.
Atualmente,
a pasta da Defesa russa está, segundo a fonte, concluindo o trabalho de
identificação das novas regiões onde os militantes do Estado Islâmico (EI)
estão concentrados, como campos de treinamento de terroristas suicidas, bem
como das rotas de viagem usadas e locais de armazenamento de armas e
suprimentos.
“Para
essa finalidade, a Rússia aumentou seus recursos de reconhecimento na Síria,
incluindo drones e unidades de inteligência eletrônica. O grupo de espaço
orbital também está sendo usado para coletar informações”, disse a fonte ao
Gazeta.ru.
Nas
últimas semanas, militantes ligados a grupos terroristas tentaram diversas
vezes romper as posições do Exército sírio no oeste e sudoeste de Aleppo.
O
grupo aéreo russo inclui o porta-aviões Almirante Kuznetsov e o cruzador de
mísseis de propulsão nuclear Pedro, o Grande, além dos navios de apoio e
antissubmarinos Severomorsk e Vice-Almirante Kulakov.
Por
que agora?
“Trata-se
de um momento particular e não foi selecionado por acaso. O grupo de aeronaves
vai atacar os militantes do EI na periferia de Aleppo em um período de
turbulência política nos EUA, quando o novo presidente ainda não assumiu o
cargo”, explica o professor Vadim Koziulin, da Academia de Ciências Militares.
Segundo
ele, desse modo haverá possibilidade de conduzir ataques maciços e “resolver o
problema do EI em Aleppo” antes de presidente eleito dos EUA, Donald Trump,
começar a implementar contramedidas contra a Rússia na Síria.
“O
envio do Almirante para a Síria é um teste das capacidades e possibilidades
operacionais e técnicas do nosso grupo de ataque aéreo, uma vez que a Rússia
nunca usou esse porta-aviões em condições reais de combate”, afirma Víktor
Murakhovski, editor-chefe da revista “Arsenal Otetchestva” (Arsenal da Pátria).
Existe
atualmente a bordo do Almirante Kuznetsov 15 caças Su-33 e MiG-29K/KUB, fora os
mais de 10 helicópteros Ka-52K, Ka-27 e Ka-31.
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