O
adido das Forças Armadas do Japão, coronel Toru Yamachi, explicou que o contato
com autoridades brasileiras foi iniciado antes mesmo dos Jogos e será ainda
maior no futuro. “Queremos saudar o sucesso do Brasil com a realização dos
Jogos Rio 2016 e utilizar as lições aprendidas para aprimorar o nosso modelo de
segurança”, disse. De acordo com ele, o modelo brasileiro utilizado no
enfrentamento ao terrorismo é um dos pontos que o Japão pretende considerar.
“No que se refere a medidas antiterror, pude perceber a importância da
integração entre os órgãos envolvidos”, afirmou o adido japonês.
E
justamente a palavra integração foi destacada por quase todos os envolvidos ao
se falar dos legados deixados ao Brasil com a realização dos Jogos. O chefe do
Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas, almirante Ademir Sobrinho, ressaltou
a importância da cooperação entre os órgãos dos três eixos responsáveis pela
segurança – Defesa, Inteligência e Segurança Pública. “A prova do sucesso dessa
integração é o fato de nós não termos sido os atores principais, essa é a nossa
grande alegria: os atletas brilhando, as torcidas na euforia e tudo ocorrendo
num ambiente de tranquilidade”, disse.
O
chefe da Assessoria Especial para Grandes Eventos (AEGE) do Ministério da
Defesa, general Luiz Felipe Linhares, apresentou um balanço das ações
realizadas pelo eixo de Defesa Nacional: efetivo de mais de 43 mil militares,
mais de 12 mil patrulhas realizadas, mais de mil incidentes cibernéticos, sem
qualquer interrupção das redes, 139 estruturas estratégicas protegidas, mais de
600 escoltas a dignitários e cerca de 500 procedimentos de varreduras ou
monitoramento de instalações ligadas aos Jogos Olímpicos.
Entre
as inovações que ainda não haviam sido utilizadas em grandes eventos no Brasil,
o general destacou o uso de interferidores contra drones, a criação de um
protocolo para emprego de tropas em operações de garantia da lei e da ordem e o
Comitê Integrado de Enfrentamento ao Terrorismo (CIET), órgão de assessoramento
que reuniu todos os órgãos responsáveis pelo enfrentamento ao terrorimismo.
“Com o CIET, a integração no enfrentamento ao terrorismo deu um passo além com
esse comitê formado pela Justiça, pela Defesa e pela ABIN, que consolida
experiências, junta capacidades e entrega o resultado contra o terrorismo”,
afirmou.
O
seminário “Lições Aprendidas na Segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Rio 2016” segue até o próximo dia 20 de outubro, no auditório do Comando
Militar do Planalto (CMP), em Brasília.
Ministério
da Defesa
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