Autoridades falam em ataque terrorista, e polícia está à caça do atirador.
Terrorismo
Ataque
em Istambul no réveillon deixa dezenas de mortos
Pelo
menos 39 pessoas morreram e 69 ficaram feridas em Istambul, após um tiroteio em
uma casa noturna durante as celebrações de Ano Novo. Autoridades falam em
ataque terrorista, e polícia está à caça do atirador.
Após
um ano violento, a Turquia começa 2017 abalada por um atentado brutal. Centenas
de pessoas celebravam o réveillon na casa noturna Reina, às margens do Bósforo,
quando um tiroteio deixou pelo menos 39 mortos e 69 feridos, segundo informaram
as autoridades turcas na manhã deste domingo (01/01). A polícia lançou uma
caçada ao atirador que, segundo testemunhas, estava vestido de papai noel.
O
ataque na famosa casa noturna começou menos de uma hora após a virada do ano. A
polícia conseguiu identificar 21 das vítimas até o momento, 15 das quais são
estrangeiros, informou Soylu. Entre eles estavam muitos cidadãos de países
árabes, como Marrocos, Líban e Líbia, informou o ministério Turco da família.
Uma jovem israelense também estava entre as vítimas fatais, confirmou o
Ministério do Exterior de Israel. Ela foi identificada como Leanne Nasser, de
19 anos e estava no clube com três amigos, um dos quais foi ferido no ataque.
O
ministro do Interior, Suleyman Soylu confirmou pela TV que o autor do ataque
ainda está à solta: "As buscas pelo terrorista continuam... Eu espero [que
o atirado] seja capturado logo, Deus queira."
O
governador de Istambul, Vasip Sahin, descreveu o incidente como um ataque
terrorista, acrescentando que "um terrorista com uma arma de longo
alcance... brutal e selvagemente perpetrou esse crime ao disparar contra
pessoas inocentes que estavam no local apenas para celebrar o Ano Novo e se
divertir". Sahin não informou que grupos podem estar envolvidos no ataque.
Uma
testemunha disse à agência de notícias Associated Press ter visto vários corpos
após o ataque. "Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo,
meu marido caiu sobre mim. Eu tive que erguer vários corpos para conseguir
sair", disse a testemunha, do lado de fora do hospital Sisli, em Istambul.
Seu marido não está em situação crítica.
A
emissora CNN Turquia e a agência alemã DPA reportaram que o ataque foi cometido
por um ou dois homens, vestidos de papai noel e que teriam aberto fogo com
armas automáticas.
O
clube Reina é uma casa noturna de alto padrão próxima à ponte Atatürk, na
margem europeia do Bósforo, estreito que divide Istambul em duas. No momento do
ataque, muitas pessoas se jogaram na água para escapar. Equipes de emergência
foram despachadas imediatamente para regatá-las.
Ataque
furou esquema de segurança
Istambul
preparou um forte esquema de segurança para o réveillon, depois de um ano
marcado por uma série de atentados violentos, perpetrados por grupos curdos e
membros do grupo terrorista "Estado Islâmico", nos quais mais de 180
pessoas morreram. Pelo menos 17 mil policiais estavam em operação na noite de
réveillon na metrópole turca, alguns disfarçados de vendedores e de papai noel.
O
ministro turco da Justiça, Bekir Bozdag declarou em sua conta no Twitter que
"este é um ato terrorista covarde e cruel contra a nossa Turquia, nossa
paz, nossa união, nossa irmandade e todos nós".
O
primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se pronunciou durante reunião
de gabinete neste domingo: "Durante o fim de semana vimos mais um ataque
mortal na Turquia. Enviamos condolências às famílias daqueles que foram
assassinados e votos de boa recuperação aos feridos."
O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi informado sobre o ataque e
ofereceu ajuda dos EUA às autoridades turcas. "O presidente expressou suas
condolências pelas vidas inocentes perdidas e orientou sua equipe a oferecer a
assistência apropriada às autoridades Turcas, conforme a necessidade, e a
mantê-lo informado", disse o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz, em
comunicado.
A
Turquia é um dos principais aliados dos Estados Unidos na Otan e está
atualmente envolvida na guerra síria, além de combater a insurgência curda em
seu próprio território. Ao longo de 2016, a Turquia, majoritariamente
muçulmana, foi atingida por uma série de ataques violentos.
O
secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg expressou suas condolências pelo
Twitter: "Um trágico começo de 2017 em Istambul. Meus pensamentos estão
com aqueles afetados pelo ataque a pessoas celebrando o Ano Novo e com o povo
turco", disse Stoltenberg.
O
Ministério do Exterior da Alemanha também ofereceu suas condolências.
"Ataque ao Reina: estamos profundamente chocados e de luto com o povo de
Istambul, Turquia".
O
ataque evoca memórias do massacre de 2015 em Paris, quanto terroristas do
"Estado Islâmico" mataram 130 pessoas, 90 delas em um tiroteio no
clube Bataclan.
O
Facebook acionou seu recurso de confirmação de status de segurança após o
ataque.
Nenhum grupo assumiu imediatamente autoria pelo atentado.
Nenhum grupo assumiu imediatamente autoria pelo atentado.
DW
- Deutsche Welle
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