O
novo porta-aviões é relativamente parecido nas dimensões com os navios hoje em
operação: desloca mais de 100 mil toneladas. A embarcação – mais longo (337
metros contra 332 metros da classe Nimitz), largo (78 m contra 76,4 m) e alto
(78 m contra 76,8 m) – supera a classe antecessora nos detalhes. O convés de
voo, por exemplo, é maior graças a uma ilha menor (a torre de controle do
navio) e recuada e também ao uso de apenas três elevadores contra quatro das
classes antigas. Com isso, a Marinha americana acredita que será possível
operar 25% mais voos por dia, tornando o Gerald R. Ford ainda mais capaz.
Embora a velocidade seja semelhante a dos porta-aviões atuais (cerca de 56
km/h), o novo navio utiliza um sistema de propulsão por energia nuclear muito
mais poderoso.
SISTEMAS
DO PORTA-AVIÕES
O Ford é equipado com dois reatores nucleares com capacidade de gerar 600 megawatts de potência, nada menos que o triplo do que a classe Nimitz e o Enterprise (este último precisava de oito reatores para gerar 210 megawatts). A razão para isso está no aumento do consumo de eletricidade a bordo, algo não previsto no projeto original dos navios aeródromos anteriores. Com o passar dos anos, mais e mais equipamentos eletrônicos foram implementados e isso elevou a necessidade de energia nos porta-aviões modernos.
A nova embarcação é inovadora também em outros aspectos. O que mais tem chamado a atenção é o sistema de catapultas, com tração eletromagnética. Até então, o mecanismo de lançamento dos aviões era realizado por meio de pressão por vapor. No entanto, esse sistema tem algumas desvantagens entre elas não conseguir modular a energia necessária para lançar uma aeronave menor – aparelhos não-tripulados, por exemplo. O sistema de lançamento eletromagnético é menor e mais potente, além de mais simples de operar. De quebra, reduz o impacto dos lançamentos na estrutura do navio, mas o desenvolvimento foi difícil e os testes ainda não chegaram a um nível de confiabilidade necessário.
O mesmo pode-se dizer de outro recurso padrão nos navios americanos, o sistema de frenagem por cabos no pouso. O CVN-78 também faz uso de eletromagnetismo que é controlado por um motor turbo-elétrico no lugar de um sistema hidráulico. Graças a isso, é possível frear UAVs (aviões não tripulados) sem danificá-los.
Por suas dimensões e importância, o porta-aviões é o alvo preferencial numa guerra. Por essa razão, o Gerald R. Ford recebeu um novo conjunto de radares e sistema de vigilância que consiste de equipamentos de escaneamento ativo e antenas fixas de menor diâmetro (um dos fatores que fizeram a ‘ilha’ ser menor). Até mesmo uma inédita arma deverá equipar os porta-aviões no futuro, o FEL (Free-Electron Laser), capaz de emitir ondas que explodem pequenos barcos e drones.
Indústria
de Defesa & Segurança via UOL
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