A
primeira delas, para tratar da segurança nas fronteiras, está prevista para o
dia 31 de janeiro com seu homólogo da Colômbia. A este cenário soma-se a
apreensão, na virada do ano, de quase uma tonelada de “skank” – maconha mais
sofisticada – e armamentos no rio Juruá, perto do 3º Pelotão Especial de
Fronteiras (PEF), na localidade de Vila Bittencourt. O caminho das drogas passa
pelo município de Coari até Manaus, capital do estado do Amazonas.
Nesta
quinta-feira (19), Jungmann estará na companhia de jornalistas, em Dourados, no
Mato Grosso do Sul, onde conhecerá o projeto piloto do Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).
Na
Tríplice Fronteira (Brasil, Colômbia e Peru), o ministro foi até o PEF de Vila
Bittencourt, onde cerca de 70 militares fazem o patrulhamento e a fiscalização
na região de fronteira. Lá, Jungmann foi recebido pelo coronel Júlio Cesar
Belaguarda Nagy de Oliveira, comandante do 8º Batalhão de Infantaria de Selva
(BIS), sediado em Tabatinga.
Em
seguida, ocorreu a apresentação dos militares que servem no PEF. O comandante
do pelotão, tenente Allan Felipe Gonçalves Castro, fez as honras dos militares.
Após, todos seguiram para o salão principal do quartel, onde o coronel Nagy
apresentou os detalhes da atuação militar naquele trecho da fronteira.
O
oficial contou que, no início de dezembro, guarnições abordaram duas lanchas e,
no confronto com uma delas, um traficante colombiano foi ferido e veio a óbito.
No interrogatório aos outros cinco ocupantes, os militares tomaram conhecimento
que, dias antes, transportaram um carregamento de cocaína.
Na
virada do ano também uma embarcação chocou-se num banco de areia e veio à
pique. Os ocupantes conseguiram fugir e os militares, em operação, retiraram da
água 20 pacotes onde a droga estava acondicionada. Ao abrir o envolucro,
descobriram tratar-se de “skank.
O
ministro Jungmann acompanhou ainda uma demonstração da tropa em pleno rio
Japurá. Uma embarcação recebe ordem de parar. O piloto não obedece e inicia-se
a perseguição. A partir de tiros de advertência, a lancha para e os ocupantes
são levados para identificação. Em outra frente, uma embarcação segue rio
abaixo com o motor desligado. Na abordagem os militares respondem com tiros de
verdade.
Na
etapa seguinte da demonstração, um helicóptero Cougar desembarca militares num
banco de areia. Eles descem rapidamente por cabos de ação e dominam a cena de
combate.
Jungmann
também percorreu os alojamento do PEF e conheceu parte de equipamentos e
armamentos utilizados. “Esses homens e mulheres que estão aqui se dedicam a
cuidar da fronteira do nosso país”, disse o ministro.
Amazônia
De
acordo com o comandante militar da Amazônia, general Geraldo Antonio Miotto, e
que também acompanhou a comitiva, em alguns locais da região norte do País, as
Forças Armadas são a única presença do Estado brasileiro.
Sob
o Comando Militar da Amazônia estão 24 quartéis do Exército e que, em sua
maioria, exercem poder de polícia na faixa de 150 km para dentro do Brasil, nos
10 mil km de fronteira. Os militares combatem ilícitos transfronteiriços como
pesca e garimpo ilegais, contrabando, tráfico de armas, drogas e animais.
Em
cooperação com os países vizinhos, e até da África, América do Norte, Europa e
Ásia, o Comando promove troca de experiências por meio de encontros, exercícios
e operações.
Ainda
à noite, o ministro da Defesa visitou a Capitania Fluvial de Tabatinga. Na
ocasião, ele assistiu uma apresentação do comandante do 9º Distrito Naval,
almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht, sobre a presença da Força Naval na
região amazônica. A capitania em Tabatinga é responsável pela segurança do
tráfego aquaviário com ações de inspeções a embarcações, patrulhamento dos rios
e combate a ilícitos. Pela região circulam 30 mil embarcações.
A
Capitania também promove um projeto social. Chamado de Capitania Itinerante, o
projeto realiza cursos de formação profissionalizante para aquaviários e a
emissão da carteira de inscrição e registro. Em 2016, a Capitania realizou 196
cursos.
Participaram
da visita em Tabatinga, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas,
almirante Ademir Sobrinho, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general
Fernando Azevedo e Silva, e o assessor militar do gabinete do Ministro da
Defesa, brigadeiro João Tadeu Fiorentini.
Ações
Sociais
Na
Amazônia Ocidental, cerca de 20 mil militares da Marinha, Exército e
Aeronáutica realizam diversas ações de caráter social e de assistência
médico-hospitalar, além de obras de engenharia em rodovias e construções,
inclusive, de pequenas hidrelétricas.
Na
oportunidade, o ministro Jungmann conheceu o Hospital de Guarnição de Tabatinga
(HGT), administrado há 40 anos pelo Exército e o único da região. No hospital
militar atuam 250 profissionais entre civis e militares. Apenas no ano passado,
o HGT prestou apoio de saúde a mais de 100 mil pessoas.
Segundo
o diretor do hospital, o médico obstetra, coronel Alexandre Assumpção Borges de
Oliveira, 85% da população assistida é composta por indígenas e civis, além de
peruanos e colombianos.
Por
Alexandre Gonzaga e Roberto Cordeiro
Ministério
da Defesa
Nenhum comentário:
Postar um comentário