O
avião será usado durante operações terrestres para proteger as tropas e
aviões-bombardeiros. Em particular, o MiG-35 trabalhará em conjunto com o
bombardeiro Su-34, que a Rússia está usando ativamente na guerra contra o
Estado Islâmico na Síria.
Os
especialistas afirmam que o novo avião tem boas perspectivas de exportação e
será demandado principalmente pelos países do Oriente Médio.
"O
MiG-35 é uma profunda modernização do MiG-29. O novo caça é capaz de utilizar
todos os tipos de armamentos existentes, incluindo armas lasers (de energia
dirigida). O avião foi projetado para participar dos combates em alta
intensidade, inclusive nas áreas com sistemas de defesa antiaérea", disse
o chefe do laboratório de Mecânica e Sistemas de Energia da Universidade de
Tecnologia de Informação, Pável Bulat.
O
MiG-35 pode levar até 6,5 toneladas de munição. Graças aos novos avanços, o
avião pode seguir até 30 alvos aéreos e atacar até seis alvos simultaneamente a
uma distância de até 130 quilômetros.
Os
especialistas afirmam que um MiG-35 custará cerca US$ 16,8 milhões, o que é uma
das principais vantagens do avião russo. O preço do Rafale francês, por
exemplo, é duas vezes maior.
"O
conceito do avião russo é parecido ao do caça-bombardeiro americano F-18, o
principal avião da Marinha dos EUA. Esses aviões têm uma aerodinâmica e agilidade
fenomenais. No entanto, os motores do MiG-35 são um pouco mais fracos em
comparação com os análogos americanos e europeus”, disse Bulat.
O
MiG-35 foi criado principalmente para vendas no exterior, especialmente nos
países que estão usando ativamente o caça de quarta geração MiG-29, afirma o
editor-chefe da revista "Arsenal da Pátria", Víktor Murakhôvski.
"Diversos
países do Oriente Médio terão interesse em novos caças russos. Além disso,
Moscou oferecerá essa aeronave à Índia”, disse.
"O
MiG-35 deverá substituir completamente os MiG-29 nas Forças Aeroespaciais
russas. Segundo as minhas estimativas, as unidades de bombardeiros receberão de
80 a 100 caças e as unidades de combate de 120 a 150 caças", disse Pável
Bulat.
Segundo
o especialista militar da agência de notícias TASS, Víktor Litôvkin, o MiG-35
está atrasado em vários anos. “O objetivo dessa declaração da UAC é apenas
mostrar ao presidente russo que a fábrica está viva e não perdeu a batalha
doméstica contra o outro produtor de caças Sukhoi", diz Litôvkin.
Gazeta
Russa
Nenhum comentário:
Postar um comentário