A
assinatura do convênio ocorreu após longo período de negociações realizadas
pela Chefia de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas (EMCFA) e pela Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa
(Seprod).
O
secretário da Seprod, Flávio Basilio, explica que a novidade representa um
marco relevante de fortalecimento da relação bilateral em defesa entre Brasil e
EUA que, certamente, gerará benefícios para a nossa indústria nacional.
“Esse
documento é a base para se estabelecer qualquer tipo de cooperação bilateral
com os Estados Unidos. É mais um passo no sentido de nos reaproximar dos
americanos, possibilitando parcerias importantes na área tecnológica que
representarão um incentivo importante para a nossa Base Industrial de Defesa e
para o País como um todo”, diz o secretário.
O
chamado MIEA é fruto da retomada de tratativas entre os dois países, a partir
da ratificação pelo Congresso Nacional do Acordo sobre Cooperação em Matéria de
Defesa (Defense Cooperation Agreement – DCA) e do Acordo relativo a Medidas de
Segurança para a Proteção de Informações Militares Sigilosas (General Security
of Military Information Agreement - GSOMIA).
Sem
o MIEA, a relação do Brasil com os EUA seria restrita a esfera comercial
(compra e venda). Agora, com este convênio que os EUA só firmam com países
considerados parceiros, será aberta uma nova fase que poderá impulsionar ações
conjuntas de desenvolvimento científico e tecnológico.
Neste
novo horizonte, há a previsão de que sejam iniciadas trocas de informações e
pesquisas básicas em temas que sejam de interesse dos países. A previsão é de
que os primeiros projetos sejam voltados ao desenvolvimento de tecnologias
duais, ou seja, que podem ser aplicadas tanto no meio militar quanto no civil.
Brasil
– Estados Unidos
Os
entendimentos para a aproximação entre Brasil e Estados Unidos se ampliaram no
final do ano passado, com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e a então
embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde, que lideraram o Diálogo
da Indústria de Defesa. A partir deste encontro foi possível retirar alguns
entraves que poderiam dificultar parcerias mais estratégicas entre os dois
países.
“Este
entendimento foi fundamental para estabelecermos este marco. A partir de agora,
abriremos novos horizontes com outros países. Isso fortalecerá ainda mais a
nossa indústria de defesa”, comemorou Jungmann.
Ministério
da Defesa
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