Pesquisas
na área já são desenvolvidas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
O
sucesso das operações aéreas militares em tempos modernos envolve dois
conceitos em sistema GPS: localização precisa e proteção às informações. Esse é
o tema de um estudo conduzido por cerca de três anos no Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).
O
Brasil poderá receber essa tecnologia desenvolvida pelos Estados Unidos. No
entanto, é preciso aguardar o nome ser incluído na lista de países elegíveis
para acesso ao GPS militar, do tipo PPS (Precision Positioning System).
Enquanto
isso, o Estado-Maior da Aeronáutica criou um grupo de trabalho para analisar
oportunidades e ameaças do uso desse sinal nas aeronaves da Força Aérea
Brasileira (FAB). As pesquisas do ITA integram o parecer sobre o assunto.
De
acordo com o Coronel Aviador Lester de Abreu Faria, especialista da Divisão de
Projetos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), “o GPS de
uso militar oferece mais robustez ao sistema usado atualmente. Isso se deve à
precisão na condução de aeronaves e mísseis até o alvo e, principalmente, na
criptografia de dados, o que evita interferências ilícitas”.
Ele
afirma que o GPS tornou-se essencial para aplicações civis e militares. O uso
em aeronaves de combate é voltado para localização, navegação e sincronização
de tempo. No entanto, características de transparência e previsibilidade dos
sinais de GPS civis os tornam fáceis de imitar e de falsificar. Por isso, “a
criptografia prevista no sistema de uso militar é tão oportuna contra possíveis
fraudes do inimigo”, defende.
Além
de superar os requisitos de precisão, continuidade, disponibilidade e
integridade dos sistemas GPS civis, “as principais vantagens do GPS militar são
o uso de contramedidas eletrônicas e uma visão prospectiva do cenário
operacional futuro”, destaca o Coronel Lester.
Os
estudos – alguns já consagrados em artigos científicos – são fruto do Curso de
Especialização em Análise de Ambiente Eletromagnético, do Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA), realizado por pilotos de esquadrão que se tornam peritos
em guerra eletrônica.
Fonte:
DCTA
Edição:
Agência Força Aérea
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