O
regime de Pyongyang poderia executar um sexto teste nuclear ou lançar novos
mísseis por ocasião do aniversário. Mas nas últimas horas não foi detectado
nenhum teste do tipo, que normalmente acontece durante a manha.
O
ministro sul-coreano da Defesa informou que o Norte realizou "grandes
manobras de disparos" na cidade portuária de Wonsan, leste do país.
De
acordo com a agência sul-coreana Yonhap, que cita uma fonte governamental não
identificada, a Coreia do Norte celebrou o acontecimento com "o maior exercício
de tiros" até hoje.
Ao
mesmo tempo, Seul anunciou manobras conjuntas com um porta-aviões americano que
deve chegar à região.
Washington
enviou o porta-aviões nuclear "Carl Vinson" e sua escolta à península
coreana, onde deve chegar no fim da semana, após uma confusão sobre sua posição
exata.
O
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia sugerido que o porta-aviões
seguisse para a península coreana, depois de ter sido enviado à Austrália.
O
"USS Carl Vinson" participará nos exercícios com a Marinha
sul-coreana, com a intenção de demonstrar "a forte determinação de Seul e
Washington em punir as provocações norte-coreanas", afirmou o governo
sul-coreano.
-
'Rotina' -
As
manobras acontecerão no Mar Oriental, como o governo de Seul chama o Mar do
Japão. Os aliados também organizam manobras navais conjuntas no Mar Amarelo, a
parte norte do Mar da China Oriental.
O
submarino nuclear "USS Michigan" está no porto sul-coreano de Busan.
O presidente americano havia prometido enviar à região um "exército muito
potente"
De
acordo com fontes oficiais, o "USS Michigan" está equipado com mais
de 150 mísseis.
Os
artefatos têm capacidade de realizar ataques de precisão contra as instalações
nucleares norte-coreanas. Mas a Marinha sul-coreana destacou que esta é uma
visita de "rotina" e que o submarino não participará em nenhum
manobra conjunta.
Pyongyang,
que sonha desenvolver um míssil nuclear com capacidade de atingir o continente
americano, realizou dois testes de mísseis este mês. A tensão aumentou nos
últimos dias, com troca de ameaças entre Pyongyang e Washington.
As
declarações de Pyongyang costumam ser mais incendiárias no segundo trimestre do
ano, quando Estados Unidos e Coreia do Sul realizam os exercícios militares
conjuntos anuais, que a Coreia do Norte considera um ensaio para a invasão de
seu território.
O
jornal Rodong Sinmun, porta-voz do regime, alertou para as consequências
nefastas de um possível ataque preventivo dos Estados Unidos.
"Isto
provocaria uma das sanções mais brutais (...) por terra, mar e ar, vindas das
profundezas da água sem advertência prévia".
O
presidente americano e vários altos funcionários de sua administração
advertiram a Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa"
no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção
militar.
Trump
afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria "estar
preparado" para impor novas sanções a Pyongyang.
A
ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte
Agence
France-Presse (AFP)
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