A
Coreia do Norte condenou nesta terça-feira (11/04) o envio por parte dos
Estados Unidos de um porta-aviões nuclear à Península Coreana e ameaçou o
governo do presidente Donald Trump, dizendo estar preparada para responder a um
eventual ataque americano.
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"Se
os EUA se atreverem a optar por uma ação militar, ao falar em um 'ataque
preventivo' ou em 'destruir nosso quartel-general', a Coreia do Norte estará
pronta para reagir a qualquer forma de guerra planejada por Washington",
afirmou o governo norte-coreano em nota publicada pela agência de notícias
estatal KCNA.
As
palavras de Pyongyang chegam no momento de tensão na península. No sábado
(08/04), o Pentágono anunciou o envio do porta-aviões de propulsão nuclear USS
Carl Vinson para águas próximas à Coreia do Norte.
A
decisão foi uma resposta às recentes provocações de Pyongyang, que em 5 de
abril, às vésperas de um encontro entre Trump e o presidente da China, Xi
Jinping, realizou o teste de um míssil de médio alcance no mar.
"Contra-atacaremos
da forma mais firme os provocadores para nos defendermos mediante a poderosa
força das armas e para nos manter no caminho escolhido por nós mesmos",
adverte o texto divulgado pelo governo norte-coreano.
Os
Estados Unidos vêm endurecendo a sua estratégia para lidar com o programa
nuclear e de mísseis de Pyongyang desde a chegada de Trump à Casa Branca, em
janeiro. No início do mês, Trump afirmou que os EUA estariam prontos para agir
sozinhos caso a China não aumentasse a pressão contra o programa nuclear
norte-coreano.
"Faremos
os Estados Unidos serem completamente responsáveis pelas consequências
catastróficas que derivarem de suas intoleráveis ações", diz a nota
divulgada pela KCNA, que considera que a atual situação prova de que a Coreia
do Norte acertou ao aumentar "suas capacidades militares" para a
autodefesa com a arma nuclear "como garantia".
De
encontro com várias resoluções da ONU, a liderança comunista de Pyongyang segue
com o desenvolvimento e o teste de mísseis e armas nucleares que possam atingir
não somente a Coreia do Sul e o Japão, mas também a costa dos Estados Unidos.
Segundo especialistas, a Coreia do Norte está preparando outro teste nuclear –
até o momento, o país realizou cinco, dois deles no ano passado.
A
China é a única aliada da Coreia do Norte e fornece alimentos e outros tipos de
ajuda ao país, empobrecido e politicamente isolado. Pequim também importava
carvão norte-coreano, mas proibiu as importações em 2017 em retaliação a um
teste de mísseis em fevereiro. A venda de carvão é uma fonte de renda importante
para Pyongyang.
DW
- Deutsche Welle
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