O Exército da Coreia do Sul
disparou tiros de aviso contra um drone suspeito da Coreia do Norte nesta
terça-feira (23) em meio a tensões após o mais recente teste de mísseis de
Pyongyang, que gerou condenação internacional e um alerta da China.
A identidade do objeto continua
incerta, segundo o Exército sul-coreano, mas a agência de notícias Yonhap
afirmou ser possivelmente um drone, contra o qual mais de 90 tiros foram
disparados em resposta até que desaparecesse dos radares.
A incursão ocorreu com as tensões
já altas na península coreana após o teste de lançamento de míssil balístico
pelo Norte no domingo (21), o qual Pyongyang afirmou provar avanços na busca da
construção de uma arma com capacidade nuclear que possa atingir alvos
norte-americanos.
Os Estados Unidos têm tentado
persuadir a China, principal aliada da Coreia do Norte, a fazer mais para
controlar o regime de Pyongyang, que tem conduzido dezenas de lançamentos de
mísseis e que testou duas bombas nucleares desde o início do ano passado, desafiando
as sanções e resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A Coreia do Norte não esconde
seus planos de desenvolver um míssil capaz de atingir os Estados Unidos e tem
ignorado pedidos de interromper seus programas de armas, mesmo da China. O país
afirma que o programa é necessário para conter uma possível agressão
norte-americana.
"Pedimos à Coreia do Norte
para que não faça nada que viole novamente as resoluções do Conselho de
Segurança da ONU", disse o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang
Yi, em comunicado publicado no site do ministério nesta terça-feira.
"Ao mesmo tempo, esperamos
que todas as partes possam manter a moderação, não serem influenciados por cada
incidente, (...) persistir no cumprimento das resoluções do Conselho de
Segurança na Coreia do Norte e perseverar com a resolução da questão através de
meios pacíficos, diálogo e consultas."
Folha de S.Paulo
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