Todas
as novas Coronéis pertencem ao Quadro Complementar de Oficiais e foram formadas
na então Escola de Administração do Exército (atual Escola de Formação
Complementar do Exército – EsFCEx), em Salvador (BA), no ano de 1992. Para
celebrar a chegada das primeiras mulheres de carreira à Força, aquela turma
ganhou o nome de "Maria Quitéria", uma justa homenagem à heroína
baiana que lutou ao lado das tropas brasileiras pela consolidação da
Independência do Brasil, em 1823.
Uma
das promovidas é a Coronel Carla Beatriz, que serve no Centro de Comunicação
Social do Exército, em Brasília (DF). Segundo ela, ao decidir prestar o
concurso para a carreira militar, não imaginava que se sentiria tão realizada
profissionalmente 25 anos depois. "O Exército, além de ter me dado a
possibilidade de exercer o magistério com satisfação e dignidade, me estimulou
características que, provavelmente, eu não iria adquirir em qualquer outro
lugar: determinação, auto-confiança, coragem e condicionamento físico",
enfatizou.
Outra
integrante da Turma Maria Quitéria a alcançar o posto é a Coronel Ana Lucia, do
Gabinete do Comandante do Exército, também em Brasília (DF). A oficial recorda
que desde pequena sonhava ingressar na Força, impulsionada por exemplos
familiares. "Meu pai é militar, oriundo de Artilharia, e meu avô paterno
combateu na 2ª Guerra Mundial. Era um sonho que, na época, parecia
inalcançável, mas que se concretizou em 1992. Agradeço ao Exército por ter me
dado a oportunidade de pertencer a esta Instituição", disse.
Força
feminina
A
presença das mulheres vestindo verde-oliva é cada vez mais intensa. Além da
EsFCEx, outros dois estabelecimentos de ensino também formam oficiais de
carreira do segmento feminino: o Instituto Militar de Engenharia e a Escola de
Saúde.
Este
ano, a novidade é o ingresso das primeiras mulheres na Escola Preparatória de
Cadetes do Exército, em Campinas (SP). As alunas aprovadas cursarão, a partir
de 2018, a Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ), nos cursos de
Material Bélico e Intendência. Ao se formarem na AMAN, em 2021, serão as
primeiras oficiais combatentes da Força.
Da
mesma forma, no que tange à presença feminina na Instituição, 2017 está sendo
marcante para a carreira das Praças. Cerca de 60 mulheres iniciaram o Curso de
Formação de Sargentos, realizando o Período Básico no 4ª Grupo de Artilharia de
Campanha Leve, em Juiz de Fora (MG). Ao término de 2018, serão as primeiras
sargentos combatentes de carreira do Exército, atuando na área Logística, em
especialidades como Intendência, Topografia, Manutenção de Armamento, Mecânica
de Viatura, Mecânica Operadora e Manutenção de Comunicações.
Agência
Verde-Oliva
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