—
Precisamos de pelo menos mais R$ 800 milhões por ano pra que o Brasil tenha uma
esquadra de acordo com suas necessidades. Isso precisa ser acertado, ou a nossa
esquadra de superfície vai desaparecer em pouco tempo —ressaltou o comandante,
revelando ainda que a Marinha é a Força que mais tem sido afetada pela perda de
verbas.
Em
virtude dessa condição, Bacellar afirmou que a Marinha vive hoje uma situação
"extremamente delicada e preocupante", a despeito do quadro técnico
altamente capacitado e de continuar cumprindo plenamente sua missão
constitucional. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que a comissão
tem a obrigação de suprir as necessidades brasileiras de defesa marítima.
—
Basta ver a idade de nossas fragatas e corvetas, é uma deficiência gravíssima.
Se a situação hoje é relativamente tranquila, num futuro médio nós não sabemos
o que pode acontecer — alertou o senador, reiterando que o presidente da CRE,
Fernando Collor (PTC-AL), trabalhará com os demais membros na identificação de
fontes de recursos adicionais.
Submarino
nuclear
Uma
das maiores prioridades da Marinha continua sendo o programa de submarinos
nucleares. O senador José Agripino (DEM-RN) chamou a atenção para a importância
científica do projeto.
Desenvolvido
em parceria com a França, o primeiro submarino teve o projeto de sua fase
básica finalizado em janeiro, e, segundo Bacellar, a construção de fato deve
começar em 2020.
—
Um submarino nuclear já é um grande avanço para nós, ainda que não lancemos
mísseis balísticos. E talvez nem seja o momento pra desenvolvermos isso,
exigiria uma necessidade estratégica — afirmou o militar.
Em
resposta a Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Bacellar disse que o acordo com a França
tem sido vantajoso também no que se refere à transferência de tecnologia, com
centenas de engenheiros e técnicos brasileiros atuando naquele país.
—
Mas no reator nuclear ninguém nos ajuda. Aliás, tem país que, se puder, vai
querer nos atrapalhar. É um grande desafio de nosso programa, onde continuamos
avançando — informou.
O
militar também chamou a atenção para a relevância que possui o programa nuclear
da Marinha na retenção de milhares de jovens cientistas que "provavelmente
já estariam trabalhando fora do país, se não fosse ele".
No
que se refere à atuação da Marinha como um todo, ele ressaltou a importância
que tem o resguardo de nossas águas territoriais para a internet (dependente de
cabos submarinos) e para as trocas comerciais, pois cerca de 10% do que se
transporta por mar em todo o mundo passa por águas brasileiras.
Agência
Senado
Collor...aquele que...
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