Em
5 de junho de 1967 começava a "Guerra dos Seis Dias", quando as
Forças Armadas israelenses conseguiram uma grande vitória contra os exércitos
do Egito, da Síria e Jordânia.
Israel
assegurou a vitória quase no primeiro dia da guerra ao destruir em poucas horas
quase todos os aviões de combate egípcios.
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Estopim do conflito -
Às
07h24 hora local, um flash de Tel Aviv anuncia que naquela manhã os egípcios
atacaram Israel pelo sul com tanques e aviões. Minutos mais tarde, um
comunicado oficial israelense fala de violentos combates e que as forças
israelenses teriam contra-atacado. As sirenes soam em Tel Aviv e é lançado o
alerta em outras cidades do país.
Atualmente,
a maioria dos historiadores consideram que na realidade a aviação israelense
iniciou os combates ao bombardear as bases aéreas egípcias.
Às
08:12h, a rádio do Cairo interrompe sua programação para anunciar: "as
forças israelenses iniciaram essa manhã uma agressão contra nós. Realizaram
bombardeios aéreos no Cairo e nossos aviões enfrentaram os aviões inimigos".
Começam a se ouvir explosões no Cairo, onde também soam as sirenes.
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Mobilização e estado de emergência -
Israel
mobiliza seus reservistas e requisita veículos, enquanto os blindados
israelenses avançam para o sul e rompem as linhas egípcias até o Sinai.
No
Cairo, os aeroportos civis fecham e é declarado estado de emergência em todo o
território egípcio.
Na
Síria, que mobiliza a defesa civil, a Rádio Damasco interrompe bruscamente sua
programação para anunciar que Israel atacou o Egito.
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Síria e Jordânia entram em guerra -
Pouco
depois das 10h00, a Síria anuncia que sua aviação começou a bombardear as
posições israelenses.
Ao mesmo tempo, a Jordânia impõe a lei marcial, coloca suas Forças Armadas sob comando egípcio e declara guerra a Israel à tarde. Kuwait, Sudão e Iraque entram na guerra, seguidos por Argélia e Iêmen, e finalmente pela Arábia Saudita.
Em
Jerusalém começam os combates nas ruas entre os bairros jordanianos e
israelenses. Logo as hostilidades se estendem para as fronteiras de Israel com
a Jordânia e Síria.
Na
frente jordaniana-israelense começam fortes combates já nas primeiras horas.
A
aviação síria realiza vários bombardeios em Israel, especialmente contra Haifa,
enquanto a aviação israelense ataca várias vezes o aeroporto de Damasco.
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O mundo comovido -
Tanto
no Egito quanto em Israel, ninguém duvida da vitória. Nos países árabes, onde a
maioria dos comunicados são vitoriosos, reina o entusiasmo.
Mas
no resto do mundo há preocupação. O Papa Paulo VI pede que Jerusalém seja
declarada "cidade aberta". O Conselho de Segurança da ONU é convocado
de emergência e o presidente norte-americano Lyndon B. Johnson pede a todos os
beligerantes que ajudem a facilitar o cessar-fogo.
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Israel toma Khan Yunis -
Ao
tomar o controle da localidade de Khan Yunis, na zona de Gaza, as tropas
israelenses neutralizam de uma vez todas as forças egípcias e palestinas nessa
área, como escreveu naquela noite o enviado especial da AFP. Israel garante
dessa forma a segurança do flanco ocidental de suas tropas, que mais ao sul
enfrentam a grande parte o exército egípcio.
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Aviação egípcia paralisada -
À
noite, o primeiro-ministro israelense Levi Eshkol declara em um discurso no
Parlamento que todos os combates se desenvolveram no território egípcio e no
Sinai. Afirma que Israel provocou severas baixas na aviação egípcia, síria e
jordaniana.
O
desfecho da "Guerra dos Seis Dias" aconteceu no ar nesse primeiro
dia. À meia-noite, Tel Aviv anuncia ter neutralizado a aviação egípcia. Cerca
de 400 aviões, entre eles 300 egípcios e 50 sírios, foram destruídos no
primeiro dia.
Agence
France-Presse (AFP)
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