Inicialmente,
a aeronave interceptada, que decolou da Fazenda Itamarati Norte - no município
de Campo Novo do Parecis (MT) - com destino à Santo Antônio do Leverger (MT),
seguiu as instruções da defesa aérea. Mas, ao invés de pousar no aeródromo de
Aragarças conforme orientação via rádio, arremeteu. O piloto da FAB novamente
comandou a mudança de rota e solicitou o pouso, porém o avião interceptado não
respondeu. A partir desse momento, a aeronave foi classificada como hostil e
foi realizado o tiro de aviso. A aeronave então pousou na zona rural do
município de Jussara, interior de Goiás. Um helicóptero da Polícia Militar de
Goiás foi acionado para buscas no local. A droga apreendida será encaminhada
para a Polícia Federal em Goiânia.
De
acordo com o chefe do Centro Conjunto de Operações Aérea (CCOA) do COMAE,
brigadeiro Arnaldo Silva Lima Filho, foi necessário dar um tiro de aviso depois
de duas solicitações de modificação de rota não obedecidas. A medida de
persuasão não atinge a aeronave suspeita, embora apresente o poder de fogo do
caça e obrigue a cumprir as normas exigidas. “É um dos últimos recursos quando
a aeronave não atende as executivas da defesa aérea”, explica.
A
FAB também empregou a aeronave radar E-99 para auxiliar na detecção e interceptação,
com base em um trabalho conjunto de inteligência com a PF.
Ainda
de acordo com o brigadeiro Arnaldo, todo o procedimento faz parte da Operação
Ostium que coíbe voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o
narcotráfico. “Estamos cumprindo a lei e vamos continuar reforçando os
controles na fronteira em prazo indeterminado”, justifica.
Operação
Ostium
A
Ostium visa reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira
do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. O objetivo é coibir voos irregulares que
possam estar ligados a crimes como o narcotráfico.
As
atividades acontecerão até o fim do ano e envolvem a instalação temporária de
radares móveis em cidades próximas às fronteiras, como Chapecó (SC) e Corumbá
(MS); reforço das atividades aéreas nas bases da FAB; e deslocamento de
aeronaves militares para cidades como Cascavel (PR), Foz do Iguaçu (PR) e
Dourados (MS). Em todas essas cidades, haverá tropas para promover a segurança
de equipamentos e aeronaves.
O
serviço de alerta da área de fronteira permanecerá ativado 24 horas e a atuação
será imediata, caso os radares da defesa aérea do País localizados nessas
cidades sejam ativados.
Havendo
necessidade, as aeronaves estão autorizadas a abater os suspeitos em áreas não
populosas.
As
ações serão coordenadas a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE),
localizado em Brasília, e fazem parte do Programa de Proteção Integrada de
Fronteiras (PPIF), do Ministério da Defesa.
Por
Ten Cynthia Fernandes/Agência Força Aérea
Ministério
da Defesa
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