O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, anuncia nesta sexta-feira (16) uma restrição nas viagens de
cidadãos do país para Cuba e também proibirá o comércio com empresas cubanas
que tenham vínculo com o Exército da ilha.
A emissora CNN e o site Politico
tiveram acesso hoje (15) às medidas que o republicano anunciará amanhã em Miami.
Ambos os veículos também afirmaram que Trump negará a retirada do embargo
econômico a Cuba até que o governo do presidente Raúl Castro avance em questões
de direitos humanos.
"A política de meu governo
se guiará pelos interesses essenciais da segurança nacional dos Estados Unidos
e pela solidariedade com o povo cubano", diz o esboço da revisão de
política presidencial de cinco pontos e oito páginas."
"Tratarei de promover um
país estável, próspero e livre para o povo cubano. Com esse fim, devemos garantir
que os recursos dos Estados Unidos não sejam canalizados para um regime que não
cumpriu com os requisitos mais básicos de uma sociedade livre e justa",
acrescenta o texto ao qual a CNN e o Politico tiveram acesso.
Com a mudança, os americanos não
poderão fazer nenhuma transação com as empresas pertencentes ao poderoso
conglomerado do Exército de Cuba, o Grupo de Administração Empresarial (Gaesa),
que controla dois terços do comércio varejista do país.
A ideia de fechar os vínculos
comerciais com o Gaesa foi proposta em um projeto de lei de 2015, elaborado
pelo senador Marco Rubio, pelo congressista Mario Díaz-Balart e pelo governador
da Flórida, Rick Scott, todos republicanos. Mas a proposta não avançou.
Dessa forma, serão confirmados os
rumores das últimas semanas sobre o importante papel de Rubio na revisão da
política para Cuba.
Quanto às viagens, Trump pedirá
que o Departamento do Tesouro fiscalize os voos das companhias aéreas
americanas que já começaram a operar rotas com destino ao país.
O presidente acabará com o
mistério sobre a reviravolta política em relação a Cuba, revertendo os avanços
registrados pelo governo de seu antecessor, o democrata Barack Obama, ainda que
não revogue toda a política do democrata, já que não determinará o fechamento
das embaixadas nem o bloqueio total das viagens.
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