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O LaWS está instalado no USS Ponce, em ação
no Golfo Pérsico - John F. Williams / US Navy
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WASHINGTON
— Após anos de desenvolvimento, as armas laser finalmente saíram dos
laboratórios e foram para o campo de batalha. O LaWS, acrônimo para Laser
Weapon System (Sistema de Armamento a Laser, em português), está instalado no
navio de transporte USS Ponce da marinha americana, que navega por águas por
vezes hostis do Golfo Pérsico.
—
É mais preciso que uma bala — disse o capitão da embarcação, Christopher Wells,
em entrevista à CNN. — Não é um armamento de nicho como outras que temos, que
são boas apenas contra alvos aéreos, de superfície ou em terra. Neste caso é
uma arma muito versátil, que pode ser usada contra uma variedade de alvos.
A
emissora americana teve acesso a imagens de ataques simulados realizados com o
armamento, que mostram o laser destruindo o motor de uma embarcação e um drone.
Os disparos são silenciosos e invisíveis ao olho humano, já que se movem,
literalmente, na velocidade da luz.
A
primeira vantagem do LaWS em relação a outras armas é a velocidade. Por
comparação, um disparo do armamento é 50 mil vezes mais veloz que um míssil
balístico intercontinental.
—
Ele dispara uma quantidade imensa de fótons sobre um objeto — explicou o
tenente Cale Hughes, especialista no sistema. — Nós não nos preocupamos sobre o
vento, não nos preocupados sobre a distância ou qualquer outra coisa. Somos
capazes de engajar em alvos à velocidade da luz.
MENOS
DANOS COLATERAIS
Outra
diferença é a precisão. Por não ser afetada por variáveis, como vento,
distância e movimentação do alvo, é possível acertar uma região precisa do
alvo. “Nós vemos, miramos e incapacitamos o alvo”, diz Hughes.
Nos
testes mostrados à emissora americana, a arma foi capaz de destruir o motor de
uma embarcação com um disparo certeiro. Dessa forma, dizem os militares, é
possível minimizar os danos colaterais.
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Eu posso mirar num ponto particular do alvo, e desabilitá-lo ou destruí-lo se
necessário — disse Wells. — Eu não tenho mais que me preocupar sobre disparos
que vão além do alvo e podem potencialmente ferir ou danificar o que não quero.
Além
disso, o sistema é muito mais barato de operar. O custo é de US$ 40 milhões, e
requer apenas uma fonte de energia para funcionar. Nada de mísseis ou munição.
Segundo Hughes, cada disparo custa aproximadamente US$ 1. O LaWS é indicado
para a destruição de aeronaves e pequenos navios, mas a marinha americana está
desenvolvendo uma segunda geração do armamento, para destruir mísseis.
O
Globo
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