Os
Exércitos de Coreia do Sul e Estados Unidos iniciaram nesta segunda-feira
(21/08) seu exercício militar conjunto anual, em momento marcado pela escalada
de tensão entre Pyongyang e Washington. Esta é a crise mais aguda na península
coreana, nos últimos anos, tendo se agravado desde que o presidente americano
Donald Trump e o governo norte-coreano intensificaram a retórica bélica, após
dois testes de mísseis balísticos intercontinentais executados no mês passado.
Batizado
“Ulchi-Freedom Guardian”, o exercício coreano-americano se compõe, em grande
parte, de manobras de guerra simuladas por computador. Ele se realiza todos os
anos durante o verão no Hemisfério Norte e tem atraído respostas furiosas da
Coreia do Norte, que o classifica como ensaio para uma invasão. No domingo, a
mídia estatal de Pyongyang tachou os exercícios deste ano de um passo
"imprudente", que poderia desencadear a "fase incontrolável de
uma guerra nuclear".
Apesar
da ameaça, Washington e Seul lançaram o treinamento de 11 dias, conforme
previsto. Segundo o comando militar dos EUA na Coreia do Sul e o Ministério da
Defesa do país asiático, as manobras envolvem 17.500 soldados americanos e
50.000 sul-coreanos – portanto 7.500 homens menos que em 2016. Participam
também representantes de sete países – Austrália, Canadá, Reino Unido, Nova
Zelândia, Holanda, Dinamarca e Colômbia – que integraram o Comando das Nações
Unidas durante a Guerra da Coreia (1950-1953).
Combate
computadorizado
Os
exercícios de Ulchi não incluem nenhum treinamento de campo, como exercícios de
fogo ou manobras com tanques: os oficiais da aliança apenas se sentam diante de
computadores para praticar ações de batalha e aprimorar suas capacidades de
tomada de decisão. Os aliados afirmaram que os exercícios são de natureza
defensiva.
O
presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, alertou nesta segunda-feira que
Pyongyang não deve usar os exercícios militares como pretexto para lançar novas
provocações, frisando que o treinamento é realizado regularmente devido às
repetidas hostilidades dos norte-coreanos.
Geralmente
a Coreia do Norte reage ao “Ulchi-Freedom Guardian” com testes armamentistas e
retórica bélica. Durante o exercício de 2016, o país testou um míssil balístico
lançado por submarino que voou cerca de 500 quilômetros – o voo mais longo por
esse tipo de arma. Poucos dias depois, os norte-coreanos realizaram seu quinto
e maior teste nuclear até o momento.
Em
julho último, o país testou o lançamento de dois mísseis balísticos
intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês) em ângulo acentuado. Segundo
especialistas, se disparados em trajetórias normais, mais planas, esses mísseis
podem alcançar algumas partes dos EUA, como o Alasca, Los Angeles ou Chicago.
Eles afirmam ser apenas uma questão de tempo para a Coreia do Norte alcançar
seu objetivo de adquirir um míssil nuclear capaz de atingir qualquer ponto dos
EUA.
No
início de agosto, Trump prometeu responder com "fogo e fúria" à
provocação de Pyongyang. Este, por sua vez, ameaçou lançar mísseis em direção
ao território americano autônomo de Guam. O líder norte-coreano, Kim Jong-un,
posteriormente recuou, dizem que observaria como Washington vai agir, antes de
prosseguir com eventuais planos de lançamento de mísseis.
DW
- Deutsche Welle
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