A
Coreia do Norte disse neste domingo (03/12) que os Estados Unidos e a Coreia do
Sul estão sempre "prontos para guerra", na véspera do maior exercício
aéreo conjunto entre americanos e sul-coreanos até ao momento.
A
manobra "Vigilant Ace" tem início nesta segunda-feira e vai durar
cinco dias. Ela contará com a participação de mais de 230 aviões dos dois
países, incluindo 12 caças com revestimento "invisível" dos EUA (seis
F-22 e seis F-35), além de outros seis EA-18G Growler, caças-bombardeiros
projetados para a chamada "guerra eletrônica".
Este
exercício conjunto acontece pouco tempo depois do lançamento pela Coreia do
Norte de um míssil balístico intercontinental, que poderia chegar aos Estados
Unidos.
Apesar
de a manobra já haver sido planejada antes do míssil lançado pela Coreia do Norte
na última quarta-feira, o Pentágono não costuma enviar tantos aviões.
A
operação faz parte do acordo firmado em outubro entre Washington e Seul para
ampliar a "presença rotacional" de ativos estratégicos americanos na
península coreana. O objetivo é pressionar Pyongyang para que o regime de Kim
Jong-un volte à mesa de negociações e desista de transformar o país numa
potência nuclear.
Durante
os exercícios, os aliados simularão ataques contra falsas instalações nucleares
norte-coreanas e contra plataformas que seriam usadas por Pyongyang para lançar
seus mísseis.
Corrida
contra o tempo
Em
comunicado divulgado pela agência estatal KCNA, o Ministério de Relações
Exteriores da Coreia do Norte condenou duramente o novo exercício militar entre
Washington e Seul.
"As
manobras são de uma escala e de uma natureza sem precedentes nas simulações de
combates e no número de ativos estratégicos americanos envolvidos, incluindo
caças F-35 e F-22", afirmou a nota do governo norte-coreano.
"A
equipe de Donald Trump está pedindo a gritos por uma guerra nuclear ao realizar
uma arriscada aposta na península coreana", completou o comunicado de
Pyongyang.
O
assessor de Segurança Nacional da presidência americana, H.R. McMaster, disse
que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte está aumentando.
"Eu acho que [a possibilidade de guerra] está aumentando todos os dias, o
que significa (...) que estamos numa corrida para resolver o problema",
declarou McMaster numa conferência.
"Há
maneiras de lidar com esse problema fora de um conflito armado, mas é uma
corrida que se aproxima cada vez mais [do seu propósito], não resta muito
tempo", sublinhou o assessor de Trump.
DW
- Deutsche Welle
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