O
primeiro-ministro do Iraque, Haider al Abadi, declarou neste sábado (09/12) que
o país está livre do grupo Estado Islâmico (EI), depois de três anos de domínio
dos jihadistas em territórios estratégicos no país.
"As
nossas forças conseguiram o controle total das fronteiras com a Síria",
garantiu Abdadi em um pronunciamento em Bagdá. "A vitória foi conquistada
graças à unidade de todos os iraquianos na luta contra um inimigo que não
pensava que veríamos neste dia", acrescentou.
A
fronteira com a Síria era o último reduto que o EI mantinha em território
iraquiano. Os jihadistas ainda controlavam as províncias de Ninawa e Al Anbar.
"Foi
consumada a libertação de todos os territórios do Iraque dos grupos do Daesh
[acrônimo do EI em árabe] e nossas forças estão com o controle das fronteiras
entre o Iraque e a Síria desde a passagem fronteiriça de Al Walid até a de
Rabia", detalhou o subcomandante das forças iraquianas conjuntas,
Abdelamir Yarala, em comunicado.
Em
novembro, as forças iraquianas conseguiram retomar o controle de Rawa, próximo
à fronteira com a Síria. Nos dias seguintes, o Exército do Iraque continuou a
campanha contra os jihadistas nas áreas desérticas do país na região da
fronteira com a Síria.
Longa
batalha
Em
2014, o EI lançou uma ampla ofensiva na Síria e no Iraque, e ocupou uma grande
parte do território iraquiano. Em 10 de julho deste ano, as forças de segurança
do país conseguiram retomar o controle de Mossul, a segunda maior cidade do
Iraque e o principal núcleo urbano que os jihadistas chegaram a dominar.
A
batalha para recuperar Mossul deixou grande parte da cidade em ruínas e
milhares de civis mortos. Quase 1 milhão de residentes fugiram da cidade desde
a chegada das forças iraquianas, em outubro de 2016. Em todo o país, há mais de
3 milhões de deslocados.
Os
Estados Unidos lideram a coalizão internacional que apoiou a campanha contra o
EI em Mossul, conduzindo bombardeios contra os militantes e auxiliando soldados
em solo.
Sem
Mossul – que era de longe a maior cidade controlada pelos jihadistas – o
domínio do EI no Iraque foi reduzido a áreas predominantemente rurais ou
desertas a oeste e sul da cidade.
A
ONU estimou que são necessários mais de 1 bilhão de dólares para reparar a
infraestrutura básica de Mossul, no norte do Iraque. Em algumas das áreas mais
afetadas, quase nenhum prédio ficou livre de danos.
DW
- Deutsche Welle
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