O
secretário informou, ainda, que atiradores de elite ficarão posicionados no
topo de edifícios mais próximos ao TRF-4, com a função também de observar,
filmar e fotografar manifestantes que estarão nas ruas da capital gaúcho.
O
comandante-geral da Brigada Militar (BM), coronel Andreis Silvio Dal’Lago,
destacou que a corporação vai atuar com maior ênfase na área próxima ao local
do julgamento, mas tem planejamento estruturado para toda a capital.
“Aumentamos o policiamento ostensivo na região do tribunal e pontos estratégicos
de Porto Alegre, prevendo todo tipo de cenário”, explicou ele.
Congelamento
de área
Os
órgãos públicos federais localizados no entorno do TRF-4 e a Câmara Municipal
de Porto Alegre não terão expediente a partir das 12h de terça-feira (23). Os serviços
estão programados para retornar à normalidade na quinta-feira (25), pela manhã.
O perímetro de isolamento estabelecido pelo GGI compreende a área entre as
Avenidas Loureiro da Silva, Edvaldo Pereira Paiva e Augusto de Carvalho. O
único acesso ao local onde vai ocorrer o julgamento será a partir da Rua Otávio
Francisco Caruso da Rocha, mediante comprovação de credenciamento junto ao
tribunal.
Nessa
área, foi determinado, também, fechamento do espaço aéreo. Apenas aeronaves das
forças de Segurança Pública e Defesa poderão sobrevoar a região. O rio Guaíba
será patrulhado pela BM, que fará o monitoramento das embarcações.
A
Rótula das Cuias funcionará como uma espécie de zona neutra, separando o
perímetro isolado da região reservada aos movimentos sociais: o Anfiteatro Pôr
do Sol e a área em frente à Avenida Edvaldo Pereira Paiva. “Foram várias
rodadas de negociação. Na última sexta-feira (19), concluímos esse processo
junto aos movimentos sociais, chegando ao termo do acordo. Foi definido o
espaço das manifestações e dos acampamentos e toda questão acerca da
responsabilização de quem destruir patrimônio público e privado”, assegurou o
secretário adjunto da SSP, coronel Everton Oltramari.
Monitoramento
A
partir das 17h de terça-feira (23), o GGI passará a atuar 24h, com o objetivo
de garantir que os habitantes de Porto Alegre tenham a sua vida afetada ao
mínimo. As forças de Segurança Pública esperam contar com a ajuda dos
movimentos sociais para a identificação daqueles que protagonizarem algum tipo
de ato criminoso em meio às manifestações, conforme previamente pactuado.
Schirmer
afirmou que as mobilizações que ocorrerem nas proximidades do Parque Moinhos de
Vento serão monitoradas de perto. “Atuaremos em todas as frentes. Utilizaremos
as nossas Plataformas de Observação Elevadas (POEs), para potencializar o
emprego do efetivo. Todas as aeronaves envolvidas nas atividades têm
equipamentos capazes de capturar imagens em alta resolução, muitas delas preparadas
para transmissão em tempo real”, acrescentou.
Registro
de ocorrências
A
Polícia Civil definiu um único local para encaminhamento das ocorrências e
lavratura de autos de prisão em flagrante relacionados ao evento: a 3ª
Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre, localizada no bairro
Navegantes. A estrutura receberá todos os detidos maiores de 18 anos.
Os
menores infratores apreendidos serão conduzidos ao Departamento Estadual de
Investigações Criminais (Deic). A escolha foi feita em virtude da proximidade
das instalações do Departamento Estadual da Criança e Adolescente (Deca) do
TRF4. “As ações serão acompanhadas pela Divisão de Apoio Aéreo. Teremos,
também, reforço de efetivo na 17ª e na 1ª DPs e nas unidades volantes”,
salientou o subchefe da Polícia Civil (PC), delegado Leonel Carivali.
Trânsito
O
trânsito, no Centro Histórico de Porto Alegre, começará a ser redirecionado
pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) a partir das 12h do dia
23. A área de bloqueio e desvio aumentará gradativamente até as 5h de
quarta-feira (24), quando a Avenida da Legalidade terá o acesso à Avenida Mauá
bloqueado, mantendo o tráfego no sentido do Túnel da Conceição. A Avenida
Edvaldo Pereira Paiva será bloqueada e terá o fluxo de veículos totalmente
direcionado para as Avenidas Padre Cacique e Praia de Belas.
A
Polícia Rodoviária Federal (PRF) será responsável pela manutenção da ordem na
malha viária federal e reforçará, com efetivo de suas unidades especiais, a
segurança nos prédios públicos federais próximos ao TRF4. O transporte dos
desembargadores ao tribunal também estará a cargo da corporação. “Vamos
assegurar que todos consigam se deslocar em tempo, mesmo que seja necessária a
utilização das nossas aeronaves”, explicou o superintendente da PRF no Rio
Grande do Sul, João Francisco de Oliveira.
Composição
do GGI
A
composição do GGI pode ser alterada de acordo com o evento para o qual foi
instalado ou o projeto a ser desenvolvido. Para a ocasião do julgamento do
recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da Secretaria da
Segurança Pública (SSP), participam: TRF4, Ministério Público Federal (MPF),
Exército Brasileiro (EB), Marinha do Brasil (MB), Força Aérea Brasileira (FAB),
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), PRF, Polícia Federal (PF), BM, PC,
Instituto-Geral de Perícias (IGP), Superintendência dos Serviços Penitenciários
(Susepe), Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Departamento Autônomos de Estradas
de Rodagem (Daer), Departamento Estadual de Trânsito (Detran RS), Fundação
Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Secretaria
Municipal de Segurança (SMSEG), EPTC, Guarda Municipal (GM) e Empresa de Trens
Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).
Jornal
do Brasil
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2018/01/22/julgamento-de-lula-entorno-do-trf-4-tera-bloqueio-aereo-terrestre-e-naval/
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