O evento foi presidido pelo Force Commander da UNIFIL, general do Exército Irlandês, Michael Beary e contou com as presenças do embaixador do Brasil no Líbano, Jorge Geraldo Kadri; do comandante de Operações Navais (CON), Almirante de Esquadra Paulo Cezar de Quadros Küster; do comandante da Marinha do Líbano, almirante Housni Daher; do vice-chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa, almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht; além de representações de diversos países, militares e civis.
Sob o comando da Marinha Brasileira desde fevereiro de 2011, a FTM-UNIFIL possui um Estado-Maior multinacional e sete navios, de seis diferentes nacionalidades: Alemanha, Brasil, Bangladesh, Grécia, Indonésia e Turquia.
A UNIFIL
Criada pelo Conselho de Segurança (CS) em 1978, a Força-Tarefa Marítima
(FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) originalmente se
propôs a restaurar a segurança e paz internacional, assegurar a retirada de
tropas israelenses da região meridional libanesa e assistir o governo do Líbano
na restauração de sua autoridade.
Após a crise de 2006 entre as Forças de Israel e o Hezbollah, além de
reforçar a capacidade da missão, o conselho adicionou ao mandato original as
tarefas de monitorar a cessação das hostilidades, de apoiar o desdobramento das
forças armadas libanesas em todo o Sul do país e estender sua assistência de
modo a garantir acesso humanitário à população civil e permitir o retorno
seguro e voluntário dos deslocados.
As Forças Armadas brasileiras estão no comando da missão de paz desde
2011. A Marinha do Brasil mantém um navio e uma aeronave orgânica na costa
libanesa com o objetivo de impedir a entrada de armas ilegais e contrabandos
naquele país, além de contribuir para o treinamento da Marinha libanesa, de
modo que a mesma possa conduzir suas atribuições de forma autônoma.
Durante a missão, militares brasileiros auxiliam na formação e no
adestramento da Marinha libanesa, que ainda está em fase de desenvolvimento de
procedimentos e doutrinas.
A Força Naval comporta navios da Alemanha, Grécia, Turquia, Bangladesh e
Indonésia, sendo alocadas áreas e subáreas no litoral libanês a cada um deles,
de acordo com o planejamento efetuado pelo Estado-Maior brasileiro.
A FTM
Força-Tarefa Marítima (FTM) é a primeira Força-Tarefa Naval a ser criada
para tomar parte de uma Missão de Manutenção de Paz da ONU e, desde 2011, é
comandada por um almirante brasileiro.
A presença de um navio brasileiro na região, além de contribuir para o
cumprimento do mandato da UNIFIL, demonstra o comprometimento do Brasil com a
manutenção da paz.
A CORVETA “BARROSO”
É o primeiro exemplar da Classe, designado como V-34, e foi construído
no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e se faz ao mar pela 1ª vez e entrou em
serviço no ano de 2008.
O nome do navio é uma homenagem ao herói nacional Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, Barão do Amazonas. Serviu na Marinha Imperial do Brasil, e teve importante papel na Batalha Naval do Riachuelo, na Guerra do Paraguai.
Características
•Deslocamento : 1.785 ton (padrão), 2.350 ton (carregado)
•Dimensões : 103.4 m de comprimento, 11.4 m de boca e 5.3 m de calado.
•Tripulação: 154 homens, sendo 15 oficiais (estimado)
•Velocidade máxima (nós): 29
•Propulsão: CODOG - Turbina a gás ou motor a Diesel - 2 motores a Diesel
MTU Friedrichshafen (20V 1163 TB83) para velocidades de cruzeiro ou 1 Turbina a
Gás para alta velocidade General Electric (LM2500)
•Raio de Ação (km): 7.200 a 14 nós
•Eletricidade: 4 geradores diesel Siemens de 500 kW cada
Por Comandante Cleber Ribeiro
Fotos: Subchefia de Operações de Paz/MD e CCSM
Ministério da Defesa
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