O
presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira (12/04) que
dispõe de provas de que foram usadas armas químicas no ataque à cidade síria de
Duma e de que elas foram usadas pelo regime do presidente Bashar al-Assad.
"Temos
provas de que foram utilizadas armas químicas, no mínimo cloro, e de que foi o
regime quem as utilizou", afirmou Macron para a emissora TF1.
"Tomaremos decisões no momento oportuno, quando as considerarmos mais
úteis e mais eficazes", acrescentou, ao falar sobre um possível ataque com
mísseis em represália.
O
presidente afirmou que uma intervenção deve estar destinada a impedir que
Damasco volte a fazer uso de armas químicas e também contribuir para
"preparar a Síria de amanhã", que deve ser dirigida por um governo
"que inclua todas as minorias".
O
presidente francês indicou que está em contato diário com seu homólogo
americano, Donald Trump, e que mantém contato regular com o presidente russo,
Vladimir Putin, aliado de Assad.
"Em
caso alguma a França permitirá que o conflito se acirre ou que algo coloque em
risco a estabilidade da região", afirmou Macron. "Mas não podemos
permitir que regimes que se permitem tudo, em especial o que há de pior em
contravenção do direito internacional, ajam."
Também
nesta quinta-feira, Trump, que antes ameaçara com o lançamento de mísseis,
tuitou que "nunca disse quando" isso ocorreria.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que cerca de 500 pessoas foram atendidas
em centros médicos de Duma com sintomas de exposição a agentes químicos e que
aproximadamente 70 pessoas que estavam em porões morreram por causa do ataque
químico, que teria ocorrido no último sábado.
O
Ministério da Defesa da Rússia anunciou nesta quinta-feira que o Exército sírio
tomou controle total sobre Duma, que é o último bastião dos rebeldes em Ghouta
Oriental, nos arredores de Damasco.
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