O painel teve início com a palestra do embaixador
Li Jinshang. Ele ressaltou que a China defende os objetivos da paz mundial e o
progresso comum. Durante sua apresentação, destacou que em março do corrente
ano, a primeira reunião plenária da 13ª Assembleia Popular Nacional aprovou a
emenda constitucional, incluindo a “construção da comunidade de futuro
compartilhado”, que transcende nacionalidades, culturas, Estados e ideologias.
Ao finalizar, abordou a “Parceria Estratégica
Global Brasil-China”, que tem o propósito de fortalecer a comunicação política
e a confiança mútua estratégica; desenvolver as relações entre as Forças
Armadas; e aprofundar a cooperação substancial, enfatizando que em 2017, o
valor do comércio sino-brasileiro teve um aumento de cerca de 30%, alcançando
87,5 bilhões de dólares.
O embaixador encerrou sua palestra falando do valor
da cooperação BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para a
economia, política e cultura dos seus membros.
Na sequência, o professor Severino Cabral iniciou a
sua apresentação citando Mengzi, que disse: “ é natural que as coisas sejam
diferentes”. E destacou que, em agosto de 1974, o propósito que fundamentava o
relacionamento entre o Brasil e a China já convergia na direção do respeito
mútuo à soberania e de não intervenção nos assuntos internos do outro país.
O professor relembrou Azeredo da Silveira, que
afirmou em seu pronunciamento: “nossos governos têm enfoques distintos para a
condução dos seus respectivos destinos nacionais. Ambos consideramos, no entanto,
que é um direito inalienável de cada povo o de escolher o seu próprio destino”.
E que a resposta de Chen Jie, por parte da China, na ocasião, concordava
dizendo que “por meio de contatos e conversações amistosas e francas aumenta-se
ainda mais a compreensão mútua”.
E concluiu observando as palavras de Xi Jinping, em
Davos, na suíça, em 2017: “hoje também vivemos em um mundo de contradições. Por
um lado, com a crescente riqueza material e avanços em ciência e tecnologia. A
civilização humana se desenvolveu como nunca. Por outro lado, conflitos
regionais frequentes e desafios globais como o terrorismo, os refugiados, a
pobreza, o desemprego e a crescente desigualdade de renda contribuem para as
incertezas do mundo”.
O painel terminou com o embaixador Macedo Soares
fazendo o questionamento: “onde está a solução?” e, a partir daí, passou a
traçar um paralelo entre Hong Kong, Macau e Brasil. Enumerou algumas
semelhanças entre Macau e Brasil, dentre elas a arquitetura, a plantação de chá
e o artesanato. E destacou as diferenças por meio de dados estatísticos,
evidenciadas pelo crescimento daquelas cidades, como o número de turistas que
visitam os países, o investimento em ciência e tecnologia e a redução da
violência.
Ministério de Defesa
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