Com mais de 35 anos de serviço, o General Elias ocupava cargo no
Escritório de Organismos Americanos do Ministério da Defesa, e já foi
vice-conselheiro militar junto à ONU, em Nova Iorque; bem como integrante da
Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola. Além dos cursos militares, o
General também é pós-graduado em Relações Internacionais pela Universidade de
Brasília e graduado pela Faculdade de Defesa da Escola Superior de Guerra.
O novo Force Commander ainda explica que a missão de paz na República
Democrática no Congo (RDC) possui características específicas: “é uma missão
que já ocorria em 1960, quando o Brasil participou com um pequeno contingente
naquela operação e, depois, ressurgiu no final década de 1990. Desde 2010, a
missão segue em um novo modelo com um mandato que prioriza a proteção de
civis”. Confiante, o General completa: “estou pronto para dedicar o melhor de
mim à comunidade internacional”.
A Missão na República Democrática no Congo
O país está localizado na região central do continente africano e conta
com uma série de problemas sociais e conflitos armados. Trata-se de um dos
maiores países do mundo em extensão territorial e possui grandes riquezas
naturais, o que, infelizmente, não é sinônimo de desenvolvimento nacional. O
baixo Índice de Desenvolvimento Humano e o alto índice de mortalidade infantil
são apenas alguns dos tristes registros da República Democrática do Congo.
Segundo publicação de fevereiro deste ano na página web brasileira das
Nações Unidas, “a situação na República Democrática do Congo é uma das mais
complexas do mundo e piorou em virtude do aumento de vários conflitos locais.
No início de 2018, existiam cerca de 5 milhões de congoleses deslocados:
aproximadamente 674.879 refugiados em outros países africanos e cerca de 4,35
milhões de deslocados internos. Esses números colocam a RDC entre os países com
as maiores crises de deslocamento do mundo”.
O General Elias explica que “para que ocorra uma Operação de Manutenção
da Paz, como as que o Brasil participa, alguns requisitos precisam ser
cumpridos: o primeiro é o consentimento do país anfitrião; o segundo é a
existência de um acordo de paz entre as partes envolvidas; e o terceiro diz
respeito aos atores que estão contribuindo para o processo de paz: civis,
militares e agentes humanitários que devem ser imparciais e representar todos
os continentes na área da missão. E, por fim, tudo isso deve que estar sob o
comando das Nações Unidas”.
Ao ser abordado sobre os desafios da nova missão, o Force Commander
ressalta algumas características do País: “os conflitos nessa região, em
particular no leste, são bastante sangrentos e têm provocado desastres
humanitários que não têm tido notoriedade diante da comunidade internacional. A
República Democrática do Congo tem mais deslocados no interior do País do que o
que a guerra da Síria provocou. Estudos indicam que há mais de 200 grupos
armados, e bem armados, na região, causando grandes danos às populações civis.
Nos últimos anos, tornaram-se comuns os ataques às tropas das Nações Unidas,
portanto é um ambiente bastante tenso, uma situação de risco elevada que tem
provocado mortes de peacekeepers, que são os militares na missão de paz”.
Exercito Brasileiro
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