No
dia 2 de junho, o jornal Le Monde informou que o rei saudita Salman bin
Abdulaziz enviou uma carta ao presidente francês Emmanuel Macron, pedindo-lhe
para ajudar a evitar a venda do sistema antiaéreo russo S-400 e avisado que,
caso contrário, Riad poderia recorrer a medidas drásticas.
"A
Rússia age motivada por seus próprios interesses no que se refere ao
fornecimento dos S-400 ao Qatar, ganhando dinheiro para o orçamento estatal. A
posição da Arábia Saudita não tem nada a ver com isso, a Rússia não vai mudar
seus planos", assinalou Alksei Kondratiev.
Entretanto,
Kondratiev acredita que a postura de Riad quanto à questão foi causada pela
pressão por parte dos EUA.
"Washington
não quer perder o mercado de armas regional, para eles é um mercado apetecível
e, por isso, os EUA continuarão pressionando os sauditas", indicou.
Anteriormente,
o embaixador do Qatar na Rússia, Fahad Bin Mohammed al Attiya, comunicou que
Doha estava negociando com Moscou a compra de sistemas de defesa antiaérea
S-400.
No
ano passado, durante uma visita a Doha do ministro da Defesa russo, Sergey
Shoigu, a Rússia e o Qatar assinaram um acordo intergovernamental sobre a
cooperação técnica e militar.
O
Qatar intensificou as negociações sobre a compra dos sistemas antiaéreos em
meio ao agravamento da crise nas relações com os países vizinhos: Arábia
Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.
Em
junho de 2017, os três países romperam relações diplomáticas com o Qatar e
introduziram um bloqueio econômico, acusando Doha de patrocinar o terrorismo.
Sputnik
News
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