Este ano, além da participação de 50 equipes dos Estados Unidos (EUA), a competição Sandhurst contou com mais 12 equipes de diferentes países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Grécia, Inglaterra, Japão, México e Polônia.
Em 8 de abril, todas as equipes internacionais participaram de um Congresso Militar, oportunidade em que foram discutidas e compartilhadas experiências sobre o tema “Treinando para vencer a guerra do Futuro”. Já de 9 a 11 de abril, as equipes fizeram reconhecimentos e conduziram os últimos ajustes para a competição, que ocorreu nos dias 12 e 13 de abril.
Durante 36 horas, percorreram mais de 50 km, foram submetidas a esforços físicos intensos e prolongados, tendo que cumprir tarefas como a realização de pistas de obstáculos, patrulhas de reconhecimento, orientação diurna e noturna, primeiros-socorros, tiro de fuzil e pistola, utilização do terreno para progredir e atirar, dentre outras.
Em todas as atividades, os cadetes tiveram que evidenciar flexibilidade de raciocínio, capacidade de decidir com acerto e rapidez sob intenso desgaste físico, bem como a capacidade de solucionar problemas militares e emitir ordens claras e precisas dentro do quadro tático apresentado. A interação entre os cadetes de diversos países permitiu a identificação de demandas comuns necessárias à formação de oficiais.
A competição Sandhurst ocorre desde 1967 e tem o objetivo de inspirar cadetes a alcançarem a excelência em sua profissão, por intermédio de um rigoroso desafio de liderança, física e mental, pela execução de operações de combate, estabelecidas em tarefas dentro de um tempo pré-determinado.
A competição recebeu o nome de Sandhurst porque, em 1967, a Real Academia Militar de Sandhurst (RMAs – Inglaterra) presenteou a Academia Militar de West Point com uma espada de oficial britânico. A intenção era que a espada fosse o prêmio de uma competição, cujo objetivo seria o estímulo ao desenvolvimento de habilidades militares entre os cadetes da United States Military Academy (USMA).
O prêmio da equipe que obtiver a maior pontuação na competição é uma placa denominada “Reginald E. Johnson Memorial”, em homenagem ao cadete que tragicamente faleceu em 11 de abril de 1980, quando participava da prova de navegação terrestre. A placa original foi substituída em 1999 por um espadim, que é presenteado anualmente à melhor equipe.
Em 2017, a competição incluiu, pela primeira vez, o prêmio de liderança “Surdyke”, que é conferido ao melhor comandante de fração. O prêmio foi estabelecido em memória do Cadete Tom Surdyke que tragicamente faleceu enquanto tentava salvar a vida de um civil que se afogava, assim demonstrando o ethos da competição Sandhurst.
A delegação da AMAN foi constituída pelo General de Brigada Dutra, Comandante da Academia; pelo Capitão Queiroz, instrutor da Seção de Instrução Especial; pelo Sargento Monteiro, monitor do Curso de Engenharia; e pela equipe de 11 cadetes, integrada pelos cadetes Castilho Daniel, Steiner, Dallier, Anderson Ferreira, Hudson Pacheco, Fergon, Dias, G. Teixeira, Schau e pelas cadetes Ávila e Vitória. Foi a primeira vez que cadetes do sexo feminino da Linha de Ensino Militar Bélico participaram dessa competição.
A Bandeira do Brasil tremulou na Academia Militar dos Estados Unidos da América, nas mãos dos cadetes, que competiram ao lado de grandes potências militares, demonstrando coragem, força, perseverança e profissionalismo.
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