A
Organização das Nações Unidas (ONU) convidou o Brasil para participar da Missão
das Nações Unidas na República Democrática no Congo (MONUSCO) com instrutores
formados pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), organização
militar reconhecida como um dos melhores centros de especialização de
guerreiros de selva do mundo.
Atualmente,
a MONUSCO é a segunda maior missão de paz em andamento da ONU, atrás somente da
que ocorre na República do Mali (MINUSMA), também localizada no continente
africano.
A
preparação para a missão inicia-se ainda em abril, quando 13 guerreiros de
selva selecionados voltarão a se encontrar no CIGS, em Manaus. O grupo,
composto por oficiais e sargentos, passará por diferentes treinamentos até o
embarque para o país africano.
No
CIGS, de 29 de abril a 10 de maio de 2019, eles realizarão a revisão, em
inglês, das técnicas mais modernas de Guerra na Selva. Após esse período, os
militares passarão por avaliações físicas e psicológicas em centros
especializados do Exército Brasileiro, no Rio de Janeiro. Além disso, um
preparo específico para a atuação em Missões de Paz ainda será realizado pelo
Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), também localizado na
capital fluminense.
A
MONUSCO conta, hoje, com mais de 15 mil militares de diferentes países e está
sob o comando de um militar brasileiro – o General de Divisão Elias Martins
Filho, que tem o mandato previsto até dezembro de 2019. Além do Force
Commander, mais oito militares brasileiros fazem parte da missão no centro do
continente africano.
No
momento, o Brasil participa de nove missões da ONU, com 44 militares do
Exército Brasileiro.
Missão
na República Democrática no Congo
O
país está localizado na região central do continente africano e enfrenta uma série
de problemas sociais e conflitos armados. Trata-se de um dos maiores países da
África em extensão territorial, possuindo grandes riquezas naturais, o que
infelizmente não é sinônimo de desenvolvimento nacional. O baixo índice de
desenvolvimento humano (IDH) e o alto índice de mortalidade infantil são apenas
alguns dos tristes registros da República Democrática do Congo. Atualmente, a
região enfrenta um grave surto de ebola, o segundo pior da história, com mais
de 600 mortes.
O
General Elias explica que “para que ocorra uma Operação de Manutenção da Paz,
como das que o Brasil participa, alguns requisitos precisam ser cumpridos:
primeiro o consentimento do país anfitrião; segundo a existência de um acordo
de paz entre as partes envolvidas; e terceiro quanto aos atores que contribuem
para o processo de paz – civis, militares e agentes humanitários que devem ser
imparciais e representar todos os continentes na área da missão. E, por fim,
tudo isso deve estar sob o comando das Nações Unidas”.
Para
o Force Commander: “os conflitos nessa região, em particular no leste, são
bastante sangrentos, tendo provocado desastres humanitários que não têm tido
notoriedade diante da comunidade internacional. A República Democrática do
Congo tem mais deslocados no interior do país do que na guerra da Síria.
Estudos indicam que há mais de 200 grupos armados, e bem armados, na região,
causando grandes danos às populações civis. Nos últimos anos, tornaram-se
comuns os ataques às tropas das Nações Unidas, o que contribuiu para a
existência de um ambiente bastante tenso com uma situação de risco elevada que
tem provocado mortes de peacekeepers, os “soldados da paz”, como são conhecidos
os militares que atuam nas missões de paz sob a égide da ONU”.
Agência Verde-Oliva / Centro de Comunicação Social do
Exército
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