O
PROSUB prevê a fabricação simultânea de quatros submarinos convencionais, os
mais modernos do mundo nesta categoria, e do primeiro submarino com propulsão
nuclear da América Latina, que alçará o Brasil ao grupo de apenas seis países
que detêm essa tecnologia. Em outubro deste ano ocorrerá a integração do
segundo submarino convencional, o Humaitá. Em dezembro de 2018, a primeira
embarcação do programa, o submarino Riachuelo, foi lançado ao mar e iniciado os
testes de comissionamento dos equipamentos.
Durante
a solenidade de hoje, o presidente da ICN, André Portalis, enfatizou que o
grande mérito do trabalho destes dez anos foi a capacitação técnica, a evolução
contínua da empresa e o apoio da recebido da Marinha do Brasil:
-
Somos orgulhosos do êxito alcançado, sobretudo, com a integração de equipes,
com o programa de transferência de tecnologia e o estímulo permanente recebido
da Marinha brasileira, da qual somos uma ferramenta industrial e é a nossa
razão de existir. Nosso projeto já atingiu vários marcos importantes desde
2013, quando iniciamos a operação na fábrica da UFEM (Unidade de Fabricação de
Estruturas Metálicas) até o lançamento do submarino Riachuelo, no final do ano
passado.
A
UFEM é o complexo fabril, com 45 edificações e 57 mil metros quadrados,
construído para abrigar a fábrica de componentes dos submarinos do PROSUB. Além
da área administrativa, a UFEM também é composta por um prédio principal, com
diversas oficinas e o almoxarifado. A Unidade foi inaugurada em março de 2013.
O
engenheiro Pedro Moreira, diretor de contrato do Estaleiro e da Base Naval
(EBN), espaço do complexo ICN onde os submarinos são construídos, e
representante do sócio OEC, lembrou que a ICN se tornou um polo de
desenvolvimento tecnológico do País.
-
Os nossos integrantes desenvolveram competências técnicas que não estavam
disponíveis. Esse é um dos grandes méritos do PROSUB para o desenvolvimento
econômico do Brasil e reafirma a enorme capacidade da engenharia nacional.
O
contra-almirante Celso Koga, gerente da Coordenadoria-Geral do Programa de
Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, lembrou como eram grandes
os desafios de dez anos atrás:
-
Criar a ICN, uma empresa privada para construir os nossos submarinos, não se
mostrava um projeto o simples. Mas a companhia se mostrou resiliente e
capacitou sua mão de obra nas mais diferentes áreas. Estamos no caminho certo
para alcançar nosso objetivo maior que é a construção do Álvaro Alberto, o
primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
Durante
a cerimônia, o contra-almirante Paulo Demby, chefe de Relações Institucionais e
Comunicação da Diretoria Geral Nuclear e Tecnológica da Marinha, lembrou que,
além de estratégico para o País, o PROSUB estimulou o desenvolvimento de toda a
região sul do Rio de Janeiro, onde está a ICN está instalada.
-
Uma notória região deteriorada da Baía de Sepetiba se transformou em um moderno
estaleiro, com espaços com tecnologia de ponta da indústria naval mundial, como
o simulador e o ship lift (rampa de lançamento dos submarinos).
Transferência
de tecnologia
O
PROSUB gerou o desenvolvimento de toda cadeia produtiva no País, a partir do
programa de transferência de tecnologia militar entre a França e o Brasil,
ajudando a impulsionar a indústria naval de defesa, a capacitar o mercado de
trabalho nacional e a gerar milhares de empregos com alta especialização
técnica. Mais de 100 empresas nacionais atuam como fornecedoras de tecnologia e
produtos para o desenvolvimento dos submarinos e das obras. Cerca de 90% de
todos os equipamentos usados no Estaleiro Base Naval são adquiridos de empresas
instaladas no Brasil. As obras, sob responsabilidade da OEC, também estimularam
o desenvolvimento de novos equipamentos, feitos sob medida para o desafio
lançado pelo programa.
CDN
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