A
tecnologia evoluiu desde então, com processadores cada vez mais potentes,
capazes de analisar uma quantidade imensa de dados simultaneamente, como ocorre
nas simulações geofísicas que fazemos no maior supercomputador da América
Latina, o Fênix.
O
crescimento exponencial impressiona. E é essa evolução na performance
computacional que nos permitirá multiplicar por cinco a nossa capacidade de
processamento geofísico.
Em
operação desde março deste ano, o nosso novo supercomputador conta com mais de
12 mil processadores, divididos em cerca de 48 mil núcleos de 3.60 giga-hertz,
além de aceleradores GPGPU. Essa configuração levou o Fênix à lista dos 500
supercomputadores mais poderosos do mundo da Top500.org – site que monitora
tendências de alta performance computacional – na 142ª posição em capacidade de
processamento.
Mas
o que significa ter um supercomputador com essa potência toda?
Cada
núcleo do Fênix consegue executar mais de três bilhões de ações por segundo. No
tempo de uma piscada de olho, que leva em torno de 250 milésimos de segundo,
são 750 milhões de ações!
Instalado
no Rio de Janeiro (RJ), o Fênix se une a outros três supercomputadores que
utilizam algoritmos matemáticos de alta complexidade para criar uma
representação virtual das bacias sedimentares e dos reservatórios de óleo e gás
natural. Isso é feito a partir da análise dos dados coletados nas aquisições
sísmicas, uma técnica baseada na emissão e recepção de ondas sonoras
ultrassônicas que revela detalhes do subsolo.
Quanto
maior a potência dos computadores dedicados às simulações sísmicas, maior é a
qualidade das imagens geradas. E imagens mais definidas e com melhor resolução
contribuem para a prospecção de novas áreas exploratórias e a definição do
melhor local e método para a perfuração de um poço, aumentando a nossa
rentabilidade operacional.
Com
o suporte desses supercomputadores, conseguimos reduzir os percentuais de poços
secos, otimizar a quantidade de poços produtores e injetores por reservatório,
aumentar o fator de recuperação do volume encontrado, diminuir os custos e
riscos operacionais, além de baixar os tempos necessários para o processamento
dos dados de geoengenharia.
Até
o final de 2020, a previsão é que tenhamos nossa capacidade de processamento
aumentada em 15 vezes em relação a 2018. Esse salto será crucial para
continuarmos a desenvolver áreas e campos que já estão em produção e também
para a jornada de descoberta de novas fronteiras exploratórias.
Petrobras
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